Jovem de 13 anos passa por cirurgia de alta complexidade para retirar tumor do ouvido no Macieira

Caso o tumor não fosse retirado de imediato, a criança corria o risco de morte, inclusive por meningite.

Fonte: Redação / Assessoria

Serviço de otorrinolaringologia no Hospital Dr. Carlos Macieira (Foto: Divulgação)

Na rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM) é referência no estado para assistência a pacientes de alta complexidade. Os serviços envolvem cirurgias, atendimentos ambulatoriais e trabalhos multiprofissionais em mais de 37 especialidades e que inclui o serviço de otorrinolaringologia. No início de fevereiro, a unidade realizou a primeira cirurgia de alta complexidade, chamada de petrosectomia subtotal, para remoção de um colesteatoma (tipo de tumor) com complicações.

A equipe médica da unidade realizou o procedimento no paciente Ykenn Jhowerton Silva Pinheiro, de 13 anos, em 9 de fevereiro. Foi a solução para um grave problema de saúde que acompanhou a criança desde os 6 anos. “Ele teve uma infecção no ouvido e começou a sentir dor”, disse a dona de casa Thanya de Kássia Santos Silva, de 30 anos, mãe do menino.

Anteriormente, no Hospital Dr. Juvêncio Mattos, a equipe da unidade infantil fez o tratamento com antibiótico, exames e foi constatado que a criança precisava de intervenção cirúrgica de alta complexidade. O menino foi regulado para atendimento no Hospital Dr. Carlos Macieira para realização da operação.

“Ele chegou com bastante secreção no ouvido e com forte odor. E o diagnóstico é de uma otite média crônica (um colesteatoma), que é um tipo de tumor de pele que cresce dentro do ouvindo e vai destruindo a parte interna o que causou a completa surdez do ouvido”, explicou a cirurgiã otorrinolaringologista do hospital, Aline Bittencourt.

Referência

O Hospital Dr. Carlos Macieira, além de ser hospital de referência, conta com a estrutura necessária para cirurgias dessa complexidade, como, por exemplo, o uso de equipamentos específicos, microscópio neurocirúrgico e monitoramento intra-operatório do nervo facial. Caso o tumor não fosse retirado de imediato, a criança corria o risco de morte, inclusive por meningite, informou a unidade de saúde.

“Isso porque o tumor fez uma grave destruição dentro do ouvido e deixou exposto o nervo facial, podendo causar a paralisia definitiva do rosto. Além do acometimento do nervo, houve lesão da região do osso que separa o ouvido do cérebro, deixando exposta a meninge, que poderia causar uma meningite”, alertou a especialista Aline Bittencourt.

Na última consulta, Ykenn retirou os pontos, fez a limpeza e o curativo do ouvido e recebeu as orientações com a mãe sobre o tratamento daqui em diante, que será acompanhado no Hospital Dr. Carlos Macieira.

Especialidades

O serviço de otorrinolaringologia atende pacientes diversos para cirurgias, alterações do nervo facial, tumores de ouvido, acidentes, lesões e fraturas no ouvido e a expectativa é iniciar tratamento e acompanhamento de pacientes surdos com indicação de realizar a cirurgia de implante coclear, conhecido como ouvido biônico.

A equipe, composta também pela fonoaudióloga Érica Caldas, passa a realizar os mapeamentos dos aparelhos de implantes de pacientes que vão precisar realizar cirurgias fora do estado.

De janeiro de 2023 a janeiro de 2024 foram realizadas 2.377 consultas e 187 cirurgias em otorrinolaringologia no hospital.

O Hospital Dr. Carlos Macieira, da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), é o primeiro do Nordeste a receber a certificação de Acreditação Nível I, assinada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), como hospital de alta complexidade. Além dele, o Instituto Acqua também administra a Unidade de Especialidades Odontológicas do Maranhão (Sorrir), em São Luís, também certificadas. O hospital já realizou 6.520.307 atendimentos.

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