Nessa terça-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal realizou uma operação com o objetivo de desarticular um grupo que estava aplicando golpes criando perfis falsos ou clonando WhatsApp de parlamentares do país. A senadora maranhense Ana Paula Lobato (PSB) foi um dos alvos dos criminosos.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Teresina, no Piauí, e na cidade maranhense de Timon.
“É a segunda fase dessa operação desencadeada pela Polícia Civil do Distrito Federal. O grupo criminoso clonava celulares de senadores e deputados, daí o nome Alta Escalão. E se passando por essas autoridades políticas entravam em contato com deputados distritais e vereadores dizendo que haviam conseguido umas cestas básicas, mas, que pela urgência, necessitava que essas pessoas depositassem quantias para custear esse transporte. As pessoas caíram no golpe e fizeram o depósito”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil maranhense, delegado Jair de Paiva.
Ainda de acordo com Jair de Paiva, no Maranhão, com o apoio de policiais civis do estado foram cumpridos sete mandados. Na ocasião, todos os alvos foram ouvidos e tiveram seus celulares apreendidos.
“As pessoas que foram conduzidas confessaram que realmente participaram desse golpe e fizeram indicação da pessoa que seria o chefe. Inclusive, é um indivíduo de Timon e que estamos passando para a Polícia Civil do Distrito Federal e certamente deverá sair uma prisão”, destacou o delegado-geral da PC-MA.
As investigações contra o grupo iniciaram em junho do ano passado, depois que senadores denunciaram o caso à Polícia Civil.
A polícia identificou que 17 políticos tiveram os nomes usados para que os golpes fossem aplicados. Veja quem são:
Senadores
Paulo Paim
Humberto Costa
Ana Paula Lobato
Carlos Viana
Márcio Bittar
Soraya Thronicke
Luis Carlos Heinze
Espiridião Armin
Teresa Leitão
Marcelo Castro
Vanderlan CArdoso
Deputados
Natália Bonavides
Diego Andrade
Rogério Correa
André Janones
Prefeitos
Arnazan Silva – Jardin do Seridó (RN)
Paulo Roberto Leite de Arruda – Vitória de Santo Antão (PE)
Segundo a Polícia Civil, os suspeitos devem responder por associação criminosa, falsa identidade e estelionato. Se condenados, eles podem cumprir até 9 anos de prisão.