Operação mira acusado de orquestrar esquema de corrupção em cartório extrajudicial no MA

Funcionário é investigado por enriquecimento ilícito, compra de fazendas, gado, cavalos e veículos com valores obtidos.

Fonte: Com informação do MPMA

Operação foi realizada em conjunto pelo MPMA e Polícia Civil (Foto: Divulgação)

Uma operação do Ministério Público, nesta quarta-feira, 6, teve como alvo Nivaldo da Silva Araújo, acusado de orquestrar um esquema de corrupção enquanto funcionário do cartório extrajudicial de Buriticupu/MA. A ação ocorreu por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Buriticupu, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI) do MPMA, além da Polícia Civil. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão.

De acordo com as investigações da operação Infelix Finix (final infeliz), Nivaldo Araújo utilizava sua posição no cartório para solicitar e receber vantagens indevidas, manipulando o valor dos emolumentos (taxas de cartórios). Ele, supostamente, realizava registros imobiliários irregulares, incluindo operações em nome de proprietários já falecidos com documentos falsificados.

As ações fraudulentas, conforme o MPMA, resultaram em um prejuízo significativo para o cartório e para o Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento do Judiciário (FERJ), superiores a R$ 1,4 milhão, bem como um enriquecimento ilícito do acusado. Ele teria adquirido fazendas, gado, cavalos, tratores e veículos com os valores obtidos.

As autoridades apontam que Nivaldo Araújo cometeu os crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e falsificação de documento particular. A operação busca não apenas a prisão do acusado, mas também a recuperação dos prejuízos causados, estimados em mais de um milhão de reais. A prisão preventiva foi solicitada como medida para garantir a ordem pública e econômica, prevenindo a continuidade das práticas criminosas.

Além das ações judiciais, foram requeridas a quebra de sigilo bancário e fiscal do acusado e a indisponibilidade de seus bens, visando assegurar a reparação dos danos e o desmantelamento completo do esquema.

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