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HU-UFMA realiza ação em comunidade remanescente de quilombo em Alcântara

Atividade faz parte da campanha em defesa da saúde dos rins e tem a expectativa de atender cerca de 500 pessoas

Fonte: Joel Jacintho
(Foto: Divulgação)

ALCÂNTARA – Nesta quinta-feira (14), data que marca o Dia Mundial do Rim, a comunidade remanescente de quilombo de Itamatatiua, em Alcântara, irá receber uma ação de saúde desenvolvida pelo Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA/Ebserh), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o Serviço Social da Indústria (SESI), a Prefeitura de Alcântara e a Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão. O evento levará atendimento e informação sobre a Doença Renal Crônica (DRC) para além dos muros do hospital, contando com profissionais e residentes do HU-UFMA, além de docentes e alunos da Universidade. A expectativa é atender cerca de 500 pessoas ao longo do dia.

A comunidade é um local onde a UFMA já realiza pesquisas sobre a prevalência da doença renal há cerca de dez anos. Entre as atividades que serão realizadas estão: avaliação médica e multiprofissional para triagem da doença renal e orientações sobre tratamento e prevenção da DRC. Além dessas, serão oferecidos testes de dosagem da creatinina sérica (exame para estimar a função renal) e treinamento de agentes comunitários de saúde para replicar as informações para outras comunidades.

A campanha tem o objetivo de alertar para a importância da saúde renal, a importância do diagnóstico precoce, as formas de prevenção e de tratamento. Esse ano o tema é “Saúde dos rins (& exame de creatinina) para todos: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento”.

No Brasil, as ações são coordenadas pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). E de acordo com dados da SBN, a DRC acomete 10% da população, o que representa 20 milhões de pessoas no Brasil, sendo que em geral os casos são diagnosticados nas fases mais avançadas da doença, quando os sintomas costumam aparecer e, no momento do diagnóstico, muitos pacientes já precisam da terapia renal substituta, como a diálise. A doença renal também aumenta o risco cardiovascular dos pacientes, levando a uma série de complicações como o infarto, AVC e óbito.

Segundo o gerente de Atenção à Saúde do HU-UFMA e nefrologista, Dyego Brito, apesar da triagem inicial (creatinina e exame simples de urina) ser fácil e barata, e estar amplamente disponível no sistema de saúde, ainda existem dificuldades relacionadas à disseminação da informação sobre a gravidade da doença. Somado a isso, há também uma dificuldade de acesso de parte da população que vive em regiões muito afastadas dos grandes e médios centros, onde o diagnóstico é feito. “Essa foi a grande motivação de levarmos a ação da campanha do Dia Mundial do Rim 2024 para uma comunidade remanescente de quilombo, onde os moradores ainda encontram dificuldade para ter acesso ao sistema de saúde”, explicou.

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