Um dos temas considerados mais relevantes da atualidade brasileira, crucial para o desenvolvimento da Amazônia Legal, será tratado em São Luís, nesta sexta-feira (15), a partir das 9h, no Hotel Blue Tree Towes. O Fórum “Transição Justa e Segurança Energética”, iniciativa da Petrobras em parceria com o Consórcio Amazônia Legal, o Governo do Maranhão e apoio da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar), traz exposições de autoridades, especialistas de destaque no setor energético do país e da indústria.
A abertura contará com a presença do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O debate contemporâneo sobre transição energética traz como imperativo a necessidade de mudanças graduais nas matrizes energéticas de todos os países do planeta, com objetivo de diminuir as emissões de CO2 que levam a alterações climáticas e trazem outras consequências graves.
De acordo com o diretor-presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, a ideia de “transição justa” significa a inserção da região no cenário de produção de energias verdes, sem abdicar das riquezas da última fronteira de petróleo e gás do Brasil.
A região conhecida como Margem Equatorial abrange os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte. Começa na faixa litorânea da Guiana e possui 5 bacias sedimentares em território nacional, totalizando 42 blocos exploratórios.
Das cinco bacias, o Maranhão possui duas, a Bacia Pará-Maranhão e Barreirinhas, apontada por estudos pelo potencial extraordinário de reservas de petróleo e gás, estimadas em 20 a 30 bilhões de barris.
“O debate é climático, é ambiental, mas tem que ser fundamentalmente social, com geração de emprego, renda e a justa distribuição dos recursos oriundos da exploração de petróleo gás na Margem Equatorial para o combate imediato à fome e à pobreza. É essa a orientação do governador Carlos Brandão ao priorizar o combate à pobreza no estado”, explica o presidente da Gasmar.
Entre os temas a serem debatidos estão: financiamento verde e fundos ambientais; desafios para a Margem Equatorial: os caminhos para a geração de emprego e renda; novas fronteiras e produção de petróleo e gás nas bacias terrestres de Solimões e Parnaíba e outros.
Contexto local
O Maranhão, que sedia o evento regional mais importante sobre o assunto, possui as melhores condições para produção de energias renováveis, localizado a dois graus da linha do Equador, com radiação elevada, sol forte durante todo o ano, maior aproveitamento da energia solar e onde sopram ventos alísios, constantes e firmes, com energia eólica de 12 mil km2 em constante aumento na geração.
As oportunidades de investimentos em energias verdes estão sendo estudadas e convertidas em projetos de atração de negócios pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE).
“Além de reunir um conjunto de condições naturais únicas no Brasil para produção de energias renováveis, o Maranhão tem a oportunidade que nunca teve em sua história de exploração das reservas de petróleo e gás da Margem Equatorial. E, com isso, provar que é um estado sem vocação para ser pobre”, declara o secretário da SEDEPE, José Reinaldo Tavares.