Os medicamentos devem ter reajuste de 4,5% neste ano, conforme estimativa do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos), que representa a indústria do setor.
O aumento costuma ser publicado no último dia útil de março, mas em virtude do feriado da Semana Santa existe a possibilidade de o anúncio ser feito até quinta-feira (28).
O aumento entra em vigor a partir de 1º de abril, após a oficialização do ajuste pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos).
O reajuste é anual e leva em consideração um cálculo que considera a inflação no período medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que ficou em 4,5% em fevereiro no acumulado dos últimos 12 meses.
Os outros índices usados na conta da indústria farmacêutica, como produtividade do setor, custos de produção não captados pelo IPCA e promoção de concorrência, foram estabelecidos como zero pela Cmed, em resolução anunciada em fevereiro.
Em 2024, não haverá distinção de aumento em três faixas como já ocorreu em anos anteriores, indicando medicamentos por meio da competitividade do mercado, se mais competitivo, moderadamente concentrado ou muito competitivo.
Embora seja autorizado a ser praticado a partir de 1º de abril, o reajuste não é imediato, já que depende de cada farmácia e da própria indústria
farmacêutica.
Em termos numéricos, o aumento é o menor desde que teve início a pandemia de Covid-19, em março de 2020. Naquele ano, o reajuste foi de 4,08%, mas ainda não havia sido impactado pela crise de saúde. Depois disso, foram dois anos seguidos de alta, chegando a atingir 10,89% em 2022, maior patamar desde 2016. No ano passado, o reajuste foi menor e caiu para 5,6%.