Festejo de São José de Ribamar é patrimônio cultural imaterial do Maranhão

Toda a história e tradição do festejo que acontece na cidade balneária de São José de Ribamar foi apresentada a gestores, consultores, conselheiros, para obtenção do título, que foi solicitado em 2020 ao Governo do Maranhão

Fonte: Com informações da assessoria
(Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS – O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, instituição ligada ao Departamento de Patrimônio Imaterial do Estado, para as questões relativas ao patrimônio maranhense imaterial decidiu, nesta quinta-feira (4), por unanimidade, que o Festejo de São José de Ribamar é patrimônio cultural imaterial do estado do Maranhão, por carregar a identidade, a história e a memória vinculada à devoção e fé do povo maranhense.

Toda a história e tradição do festejo que acontece na cidade balneária de São José de Ribamar foi apresentada a gestores, consultores, conselheiros, para obtenção do título, que foi solicitado em 2020 ao Governo do Maranhão.

“A Arquidiocese de São Luís, por meio da paróquia de São José de Ribamar, solicitou ao Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, em 2020, o reconhecimento do festejo como patrimônio cultural do Maranhão, de natureza imaterial. O pedido foi aceito e iniciou-se o processo de registro, titulação e reconhecimento da festa como patrimônio cultural imaterial do estado”, disse Neto de Azile, presidente do Conselho e Diretor de Patrimônio Imaterial (DPI/Secma).

Em dezembro do ano passado, o secretário de Estado da Cultura, Yuri Arruda, em reunião com o Departamento de Patrimônio Imaterial, solicitou urgência nesse processo para culminar na titulação do festejo. “Uma prioridade da minha gestão, em assegurar a proteção e manutenção dos bens culturais que fortalecem a identidade do povo maranhense, principalmente no que diz respeito à sua relação com a religiosidade, com o turismo, a cultura, a economia criativa”, disse o secretário.

A partir dessa aprovação, o Governo do Estado do Maranhão vai criar medidas para assegurar a continuidade, manutenção, e proteção do festejo, dessa prática cultural religiosa, por meio de ações de salvaguarda, que são políticas públicas de preservação, promoção e fortalecimento desse festejo.

De acordo com Neto de Azile, 30 dias depois desse reconhecimento oficializado, deliberado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Imaterial, haverá a cerimônia de titulação, onde o governador do estado, Carlos Brandão, vai entregar a certificação de patrimônio cultural imaterial ao festejo de São José de Ribamar, e vai, de próprio punho, formalizar essa titulação no livro de registro, livro de títulos de patrimônio.

Participaram da reunião de titulação, o vice-governador Felipe Camarão, gestores de cultura e membros do Conselho Consultivo: Sebastião Cardoso (Secretária de Estado de Igualdade Racial -Seir), Amélia Cunha (Secretaria de Estado da Cultura – Secma), Lilian Brito (Comissão Maranhense de Folclore), José Marcelo do Espirito Santo (Conselho Estadual de Cultura – Consecma), Rafael Bezerra Gaspar (Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional – Iphan), Antonio Evaldo Almeida Barros (Universidade Estadual do Maranhão – Uema).

Sobre o festejo

Segundo o pesquisador Antônio Miranda, as homenagens a São José de Ribamar, padroeiro do Maranhão, se iniciaram ainda no século XVII, quando se registrou a fundação da cidade. “Os primeiros padres chegaram a São José de Ribamar, por volta de 1618, já encontraram as imagens da Sagrada Família já eram veneradas por índios que viviam no lugar”.

O primeiro registro de uma grande romaria só surgiu em 1821. No ano de 2001, as imagens de São José de Ribamar foram levadas para São Luís, a fim de passar por restaurações. Na oportunidade, a comunidade ribamarense, unida aos romeiros e peregrinos, realizou a primeira grande romaria, que mais tarde receberia o nome de “Caminho de São José de Ribamar”.

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