MTE inclui 29 patrões maranhenses na lista suja do trabalho escravo

A atividade econômica com maior número de empregadores é o trabalho doméstico.

Fonte: Redação / Assessoria

MTE incluiu 29 patrões maranhenses na lista suja do trabalho escravo (Imagem ilustrativa)

Na última sexta-feira (5), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) incluiu 248 patrões no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. No documento, conhecido como Lista Suja, atualizado a cada seis meses, constam nomes de 29 fazendeiros e empresários em diversos municípios maranhenses.

Um deles, conforme o MTE, é Paulo Celso Fonseca Marinho, pai de Paulinho Jr, suplente de deputado federal, que até sexta-feira, 6, ocupava uma cadeira na Câmara Federal.

O número representa o maior acréscimo registrado desde a criação da lista. As atividades econômicas com maior número de empregadores incluídos na atualização corrente são: trabalho doméstico (43), cultivo de café (27), criação de bovinos (22), produção de carvão (16) e construção civil (12).

Os empregadores incluídos na Lista Suja foram identificados a partir das ações de fiscalização de auditores do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que atestaram as condições de trabalho análogo à escravidão. Em geral, essas ações contam com a participação de representantes da Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e outras forças de segurança.

Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão no território brasileiro podem ser feitas anonimamente pelo Sistema Ipê Trabalho Escravo, criado em 2020 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo MTE.

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