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Dia de Campo marca sucesso do Projeto Forrageiras para o Semiárido no Maranhão

O evento traçou um panorama promissor para o futuro da pecuária no estado, com destaque para o potencial das tecnologias implantadas em aumentar a produtividade, a renda e a sustentabilidade do setor.

Fonte: Assessoria FAEMA/SENAR

Evento em Colinas, no alto sertão maranhense, apresenta resultados promissores e abre portas para o futuro da pecuária no estado.

 A Fazenda Serra Negra, em Colinas, recebeu mais de 300 pessoas interessadas em conhecer os resultados de tecnologias aplicadas na bovinocultura de corte.

 

O I Dia de Campo do Projeto Forrageiras para o Semiárido Fase II, reuniu mais de 300 pessoas na URT (unidade de referência tecnologica), instalada na cidade de Colinas, para apresentar resultados dos primeiros ciclos de pastejo do projeto. O evento traçou um panorama promissor para o futuro da pecuária no estado, com destaque para o potencial das tecnologias implantadas em aumentar a produtividade, a renda e a sustentabilidade do setor.

 

Organizado pela Federação da Agricultura do Estado do Maranhão (Faema), em parceria com o Instituto CNA e a Embrapa, o evento se destacou por apresentar avanços promissores na bovinocultura de corte no estado do Maranhão. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) patrocinou a iniciativa, que teve o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Maranhão (Sebrae-MA) e o Grupo Brandão.

 

“Em 2017, o sistema CNA decidiu unir-se à Embrapa para buscar uma solução para garantir o alimento dos animais em períodos de estiagem. E assim nasceu esse projeto, que no Maranhão instalou suas unidades de referência tecnológica nos municípios de Fortuna (fase I) e Colinas (fase II). Na primeira, selecionamos as variedades resistentes e, agora, na segunda propriedade, utilizamos as forrageiras selecionadas para alimentar o gado”, lembrou o presidente da Faema, Raimundo Coelho.

 

Um novo modelo para a pecuária de corte – O pesquisador da Embrapa Cocais, Joaquim Costa, foi enfático ao destacar o potencial transformador do projeto: “Esse dia de campo apresentou resultados surpreendentes, que demonstram que o modelo de produção apresentado no projeto Forrageiras para o Semiárido tem todas as ferramentas para alavancar a pecuária de corte do estado e colocá-la em um novo patamar de produtividade e sustentabilidade”, afirmou o pesquisador.

 O Dia de Campo apresentou os resultados em quatro estações, onde apresentaram, de forma prática, as tecnologias empregados nos processos de pastejo, produção de silagem e manejo sanitário.

 

Através da experimentação de diferentes espécies forrageiras, o projeto identificou as mais adequadas ao clima semiárido da região, possibilitando a criação de um sistema de produção mais eficiente e resiliente às adversidades climáticas. “Com as técnicas inovadoras do projeto, os produtores podem aumentar a produtividade da terra, melhorar a qualidade da carne e garantir a segurança alimentar do rebanho, mesmo em períodos de seca”, explicou Costa.

 

Tecnologia acessível para todos os produtores – Alenilda Novais, consultora de campo do Instituto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (ICNA), ressaltou a importância da transformação social e sustentabilidade como os pilares do projeto: “O Forrageiras para o Semiárido oferece um cardápio forrageiro completo e acessível a todos os produtores, independentemente do tamanho da propriedade”, afirmou Novais.

 

“Isso permite que os produtores adaptem a produção às diferentes condições climáticas, inclusive no período da seca, garantindo a segurança alimentar do rebanho e a renda familiar”, completou a consultora. “Essa inovação é uma tecnologia que está ao alcance de todos os produtores que desejam melhorar sua produção e aumentar sua rentabilidade”, disse Novais, reforçando o compromisso do projeto em democratizar o acesso à tecnologia e promover o desenvolvimento da pecuária sustentável.

 

Aumento da produtividade e da renda – O presidente da Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (ASCEM) e do Fundo de Apoio à Pecuária do Maranhão (Fundepec), Ricardo Ataíde, celebrou o crescente interesse dos produtores maranhenses em tecnologias como essa e previu: “A pecuária maranhense está entrando em uma nova era, marcada pela tecnologia, pela inovação e pela sustentabilidade”, disse Ataíde, expressando sua confiança no futuro do setor.

 

Resultados concretos e perspectivas promissoras – Érico Torres, técnico de campo do Projeto Forrageiras para o Semiárido na URT Colinas, apresentou dados concretos obtidas na unidade: “Os resultados do projeto são animadores e demonstram que as técnicas implementadas podem levar a um aumento significativo da lotação das pastagens, permitindo que mais animais sejam criados em uma mesma área, e a um aumento na produção de carne por animal”, afirmou Torres.

 

“Isso significa mais carne para abastecer o mercado interno e externo, gerando mais renda para o estado”, completou o técnico. 

 

Produtor rural que recebeu a URT em sua propriedade, José Henrique Brandão, acredita que o projeto é uma alterantiva tecnológica que pode alanvancar a pecuária do pequeno ao grande porte

 

Um passo importante para o desenvolvimento sustentável – José Henrique Brandão, presidente do Grupo Brandão e proprietário da Fazenda Serra Negra, se mostrou otimista com o futuro da pecuária no estado: “O projeto Forrageiras para o Semiárido é um passo crucial na direção do desenvolvimento sustentável da pecuária no Maranhão. Acredito que o desenvolvimento do estado está na criação de oportunidades que promovam a autonomia financeira, e o agronegócio, sem dúvidas, é uma grande porta pra isso”, afirmou Brandão.

 

“O agro está em um momento de crescimento e de grande importancia para o nosso desenvolvimento, e não tenho dúvidas que os produtores que participaram do evento, do pequeno ao médio porte, saíram daqui com algo de novo para implantar e melhorar nos seus rebanhos”, concordou e destacou a Prefeita de Colinas, Valmira Miranda.

 

Empreendedorismo rural – Entre as autoridades presentes, o deputado estadual Arnaldo Melo, avaliou o evento também como produtor rural. “Como pecuarista, essa foi uma oportunidade enriquecedora, de conhecimentos técnicos. Saímos desse encontro com novas inspirações para enfrentar o nosso dia-a-dia. E como parlamentar celebro o valor das parcerias comprometidas com o desenvolvimento, como pudemos testemuhar nessa união de tantas instituições de referência para o agro, e de órgãos governamentais”, comemorou o deputado estadual, Arnaldo Melo.

 

Uma das instituições apoiadoras do evento, o Sebrae é parceiro recorrente do Senar em projetos que visam a transferência de tecnologia, acompanhamento por assistência técnica e orientação para a gestão rural. “Conhecimento e tecnologia, aliados a uma boa gestao e espírito empreendedor são a chave para o crescimento de qualquer negócio rural, e é por isso que apoiamos e investimos em iniciativas como essa, além de oferecermos soluções acessíveis para que os produtores possam desenvolver suas propriedades e levar o agro maranhense para outros patamares de desevolvimento”, explicou o gerente da unidade regional do Sebrae em Presidente Dutra, Allan Kennedy Gomes.

 

Compromissos para o futuro – As expectativas para o futuro são as melhores, com a perspectiva de que o projeto continue a se expandir e beneficiar cada vez mais produtores, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais e consolidando o Maranhão como um dos principais polos da pecuária no Brasil.

 

“O compromisso do Sindicato Rural agora é apoiar os produtores locais que quiserem levar essas tecnologias para suas propriedades, ou aperfeiçoarem seus conhecimentos, com o apoio do nosso principal parceiro, o Senar”, explicou o presidente do Sindicato Rural de Colinas, Sebastião Borges.

 

“E ainda queremos expandir esses resultados e tecnologia para outras propriedades maranhenses, por meio de nosso programa de Assistência Técnica e Gerencial. Em breve, colocaremos isso em prática”, prometeu o presidente da Faema, Raimundo Coelho.

 

O evento contou ainda com a presença de lideranças e representantes da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura e Pecuária no Maranhão (SFA/MAPA), Secretaria de Agricultura e Pecuária do Maranhão (SAGRIMA), Seccretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Marahão (AGED), Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (AGERP), Prefeitos dos municipios de Colinas – Valmira Miranda, Fortuna – Sebastião Costa, e Buriti Bravo, Luciana Leocádio, Vereadores John Lennon Araújo, de Fortuna, e Fernando Flores, de Dom Pedro, presidentes dos sindicatos de produtores rurais dos municípios de Colinas, Caxias, Presidente Dutra, Mirador, São Mateus, Buriti Bravo, Esperantinópoles, Santa Rita, Codó, Peritoró, Bequimão, Imperatriz e Dom Pedro. O sistema Faema/Senar esteve presente com suas principais lideranças, entre elas os gerentes técnico, Carlos Antônio Feitosa, e de assistência técnica e gerencial, Epitácio Rocha, além do superintendente da Faema, José Hilton Coelho.

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