PF cumpre mandados contra grupo suspeito de desviar R$ 100 milhões do Fundeb

A polícia cumpriu mandado de prisão contra a secretária de educação de Santa Quitéria, um dos alvos da operação.

Fonte: Com informações da PF

Polícia Federal cupriu mandados na cidade de Santa Quitéria (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 15, em trabalho com a Controladoria Geral da União, a Operação Contrassenso, com a finalidade de desarticular grupo criminoso responsável por fraudar o Censo Escolar Municipal de Santa Quitéria/MA, durante o período de 2020 a 2023.

De acordo com as investigações, a fraude ocorria com a inserção de dados falsos no sistema EducaCenso, do Ministério da Educação, visando o recebimento de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb.

A PF apurou que o Município de Santa Quitéria/MA teria registrado o aumento de 1439% na quantidade de matrículas de estudantes na modalidade Educação de Jovens e Adultos – EJA, entre os anos de 2020 e 2021, o que teria resultado no recebimento indevido de cerca de R$ 100.000.000,00 milhões em repasses do Fundeb em 2022.

Também estão sendo investigadas possíveis fraudes em procedimentos licitatórios e contratos, que teriam sido pagos com verbas do Fundeb recebidas indevidamente, ressaltou a Polícia Federal.

Diante desses fatos, a Polícia Federal representou perante o Juízo da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Luís/MA, obtendo as medidas judiciais que estão sendo cumpridas nesta quarta.

A PF informou que cumpriu um mandado de prisão temporária contra a secretária municipal de educação do município, Yara Raquel Monte Coelho, um dos alvos da operação.

Ao todo, 32 policiais federais participam da operação, dando cumprimento a sete Mandados de Busca e Apreensão e 02 (dois) Mandados de Prisão Temporária nas cidades de Santa Quitéria, Magalhães de Almeida e São Luís/MA, além de demais medidas cautelares, como o afastamento do cargo dos agentes públicos envolvidos.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, peculato, associação criminosa e fraude licitatória.

A Operação foi batizada de Contrassenso em razão da fraude realizada no Censo Escolar Municipal, com a declaração desarrazoada do quantitativo de matrículas de alunos na modalidade Educação de Jovens e Adultos – EJA.

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