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Cacuriá de Dona Teté muda de nome e promete manter identidade da manifestação cultural

Pronunciamento ocorreu durante coletiva no Casarão Laborarte, na noite dessa quinta-feira, 13.

Fonte: Redação

Cacuriá de Dona Teté agora se chama Balaio de Rosas (Foto: Douglas Júnior)

Tradicional movimento cultural do Maranhão, o Cacuriá de Dona Teté agora tem novo nome, conforme anunciou a cantora e compositora Rosa Reis, durante pronunciamento no Casarão Laborarte, na noite dessa quinta-feira, 13.

Batizado, agora, como Cacuriá Balaio de Rosas, a manifestação cultural, de acordo com o comunicado, promete manter a dinâmica, as brincadeiras, as trocas, as músicas, a mesma dança, “porém, reelaborado com um novo nome e identidade visual, dando protagonismo para as personagens envolvidas que se dedicam, diariamente, ao nosso grupo”.

Almerice da Silva Santos, Dona Teté, morreu aos 87 anos, no dia 10 de dezembro de 2011. Ela é detentora do título honorável de dama da cultura popular maranhense, e se transformou em um símbolo do Estado, imortalizada em suas canções, seu toque de caixa e a divertida paixão pela liberdade.

Após a coletiva de apresentação do novo nome, ocorreu a solenidade de batizado do Cacuriá Balaio de Rosas, com cortejo pela Rua jansen Muller.

Confira abaixo o comunicado sobre a mudança do nome do Cacuriá de Dona Teté

“Hoje, estamos aqui para compartilhar uma novidade que marca um novo capítulo na história do nosso amado grupo de Cacuriá. Como muitos de vocês sabem, temos uma trajetória de décadas promovendo e preservando essa manifestação cultural tão rica e importante para nossa São Luís, e para todo o Maranhão. O Cacuriá, com suas danças vibrantes, músicas contagiantes e cores exuberantes, é um símbolo da nossa identidade cultural e um reflexo da nossa alma festiva.

Criado por Seu Lauro, mas que, indiscutivelmente, teve como grande propulsora, uma senhora com mais de 50 anos, que conquistou o coração dos maranhenses e brasileiros: Almerice da Silva Santos, Dona Teté. Detentora do título honorável de dama da cultura popular maranhense, se transmutou em um símbolo do nosso Estado, imortalizada em suas canções, seu toque de caixa e sua divertida paixão pela liberdade. E em respeito a toda história e dedicação que alçamos Teté ao patamar de símbolo de todos os cacuriás do Brasil.

Teté é muito maior do que o seu Cacuriá. E como grandes símbolos precisam de liberdade para existirem, e na intenção de que ela siga influenciando não apenas um, mas todos os grupos de cacuriás, cantores e compositores, o inesquecível nome “Cacuriá de Dona Teté” entra para a história como símbolo cultural do estado do Maranhao. Porque todos os cacuriás são, de certa forma, cacuriá de Dona Teté.

Com as bençãos de Lera, do Jabuti, do Jacaré Poiô e do Mestre Quirino, anunciamos com muita alegria o Cacuriá Balaio de Rosas, mantendo a dinâmica, as brincadeiras, as trocas, as músicas, a mesma dança, porém reelaborado com um novo nome e identidade visual, dando protagonismo para as personagens envolvidas que se dedicam, diariamente, ao nosso grupo.

O novo nome não é apenas uma nova identificação, ele carrega consigo nossa história, nossa paixão pelo cacuriá e nosso compromisso com a cultura. Ele foi escolhido com muito carinho e cuidado, para representar a união, a alegria e a tradição que sempre nos guiaram e que continuam a ser os pilares do nosso trabalho. É preciso salientar que este é um grupo de cacuriá liderado por mulheres, em todas as dimensões. Mulheres que se permitem a reinvenção, o questionamento do que é ser feminino e do que é ser feminista. O nome traz as rosas como um símbolo além da beleza.

Em sua diversidade de cor e em seu grande número de pétalas, representam a diversidade presente no grupo em gêneros, corpos, raças e sexualidade. As rosas também trazem os espinhos, que servem como símbolos das nossas lutas em sociedade. O Balaio traz o sentido de apreço à cultura popular e significa a arte feita a tantas mãos. O enlaçar das fibras, significa o compromisso e a parceria entre aqueles que produzem, os que dão vida aos movimentos e ao nosso público.

A firmeza e força da união das fibras reafirma o Cacuriá, como um lugar que tantas mulheres e homens procuram para se empoderar de seus espaços e seus corpos. O cesto pronto, após trabalho árduo e dedicado, serve para armazenarmos a história de cada um, as memórias e as perspectivas futuras que constituem essa tradição. Todos esses significados reunidos, formam esse imenso Balaio de Rosas.

Gostaríamos de agradecer a todos os envolvidos nesse processo: nossos dançarinos, músicos, diretores, produtores, patrocinadores e, especialmente, a nossa comunidade. Sem o apoio e a confiança de vocês, essa transformação não seria possível. Continuaremos a promover o cacuriá com a mesma energia e dedicação de sempre, mas agora, como Balaio de Rosas. Esperamos alcançar novos horizontes, envolver mais pessoas e perpetuar ainda mais essa tradição que tanto amamos. Convidamos todos a nos acompanhar e a celebrar conosco essa mudança. Vamos juntos fazer com que essa nova fase seja tão gloriosa quanto a nossa trajetória até aqui”.

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