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SES atualiza casos de Febre do Oropouche no Maranhão

A SES confirmou que o Maranhão tem 18 casos de febre do Oropouche (FO)

Fonte: Com informações da assessoria
Reunião do Comitê Estadual de Monitoramento de Eventos (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS – Como a febre do Oropouche tem apresentado aumento no Brasil, equipes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mantém ações de Vigilância Epidemiológica, estratégias de monitoramento e controle da doença causada por um arbovírus no Maranhão. A pasta realizou, nesta segunda-feira (22), uma reunião extraordinária do Comitê Estadual de Monitoramento de Eventos (Cemesp/MA), no auditório do Instituto Oswaldo Cruz/Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (IOC/Lacen-MA), em São Luís (MA).

A reunião extraordinária do Comitê Estadual de Monitoramento de Eventos (Cemesp/MA) discutiu os Protocolos de Notificação e Investigação e o Plano de Ação Integrado para a Resposta Rápida. O principal vetor do vírus é um inseto do gênero culicoides. A febre Oropouche é uma doença viral transmitida pelo mosquito maruim. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, bem como pode levar a graves complicações.

A SES confirmou que o Maranhão tem 18 casos de febre do Oropouche (FO), sendo um em Açailândia, um em Pinheiro, um em Santa Rita, dois em São Luís, quatro em Bacabeira e nove em Cidelândia. Não há óbito decorrente da febre do Oropouche no estado. O caso que estava sendo investigado foi descartado pelo Instituto Evandro Chagas. A Saúde tem adotado medidas de vigilância desde 2023 quando houve alerta do Ministério da Saúde (MS), acerca do aumento de casos da febre do Oropouche na Região Amazônica.

“Nós instituímos as nossas unidades sentinelas para arboviroses e esse ano o IOC/Lacen-MA foi habilitado para diagnóstico diferencial tanto da Oropouche como a Mayaro. Então, nos casos que dão negativo para dengue, zika e chikungunya, automaticamente a gente já testa para Oropouche e Mayaro. Esse fortalecimento da vigilância laboratorial fez com que a gente identificasse os primeiros casos positivos de Oropouche dentro do nosso estado”, pontuou a secretária adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da SES, Deborah Campos.

Três perguntas para o médico infectologista Eudes Simões

Quais são as medidas preventivas contra a febre do Oropouche?

Infectologista Eudes Sampaio – “A forma de prevenção da febre do Oropouche é igual à prevenção de outras arboviroses como dengue, zika e chikungunya. Então é muito importante que a gente mantenha os locais limpos, sem acúmulo de lixo, sem acúmulo de águas paradas que possam servir de criadouros para os mosquitos”.

Então, não existe diferença entre febre do Oropouche e os demais transmissores de arboviroses?

Infectologista Eudes Sampaio – “O mosquito causador da febre ele é muito pequeno. Então, esse mosquito que a gente conhece como maruim, ele é tão pequenininho que muitas vezes ele consegue atravessar as telas de proteção, que as pessoas chamam de mosquiteiro. Então, ele consegue atravessar essas telas de proteção de tão pequeno que ele é, por isso, é preciso ficar atento com essa particularidade”

Quais outras medidas podem ser adotadas?

Infectologista Eudes Sampaio – “Além das recomendações iniciais, é importante o uso de roupas claras e que possam cobrir a maior parte do corpo para proteger das picadas e também o uso de repelente. O repelente é bastante importante porque ele acaba sendo meio que universal para esses mosquitos, mas tem um detalhe: é preciso lembrar que o repelente é sempre a última camada que a gente passa. Então, usar protetor solar, por exemplo, o repelente precisa ter, e está acima de todas as outras coisas que você utiliza”.

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