A Confederação Nacional do Comércio (CNC) analisou, nesta quarta-feira (31), a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,5%.
A entidade considera a manutenção prejudicial ao setor produtivo, uma vez que encarece os juros para essas atividades, mas reconhece que, por conta da deterioração do quadro inflacionário, a medida é importante para a estabilização do cenário macroeconômico.
“A opção pela manutenção da taxa se deve aos indicadores de atividade econômica doméstica, que mostraram um desempenho robusto, com a alta das vendas no varejo, baixa taxa de desemprego a níveis históricos e renda disponível elevada, apontando a solidez da atividade econômica e do mercado de trabalho. Por outro lado, o resultado da inflação de julho, acima do esperado, alerta para uma possível aceleração nos próximos meses. Além disso, apesar do avanço na arrecadação, o cenário fiscal continua gerando preocupações. A CNC espera que, a seguir, a autoridade monetária mantenha uma postura mais dura, inclusive em relação ao cumprimento das metas de inflação”, destacou a CNC.