Presidente de união de moradores é acusada de ameaçar e tomar terrenos em São Luís

Em sua defesa, mulher disse que tudo não passa de mentira da parte de pessoas que querem lhe caluniar.

Fonte: Redação
Terreno que pertencia a mulher que tem uma doença grave teria sido tomado pela presidente da União de Moradores (Foto: Divulgação)

A reportagem do Jornal Pequeno foi procurada, nesta semana, por alguns moradores do Residencial Natureza, localizado na zona rural de São Luís – no eixo Ribeira/ Maracanã, para denunciar o que chamaram de “gestão perseguidora” da presidente da União de Moradores da comunidade, Hariadna Lira.

Segundo as pessoas que procuraram o JP, a presidente estaria usando a entidade em benefício próprio, além de tratar os associados como pessoas de segunda categoria. Foi dito, ainda, que uma das proprietárias de terreno na localidade registrou um Boletim de Ocorrência, no 12º Distrito Policial, em que relatou que teria sido ameaçada Hariadna, além de ter seu terreno tomado por ela.

Outro denunciante, morador dos mais antigos do lugar, que preferiu não ser identificado, por temer represálias, disse ter sido chamado de “Zé Ninguém” e que “não saberia de nada”. Ele afirmou não ter aceitado se submeter aos caprichos e ao autoritarismo da presidente, e, por conta disso, passou a ser ameaçado por ela, inclusive, que o denunciaria por tentativa de estupro, na Casa da Mulher Brasileira.

Nos últimos dias, de acordo com os denunciantes, em retaliação às queixas registradas no 12º DP, que atende à zona rural, instalado na comunidade Rio Grande, Hariadna estaria usando a União de Moradores para se “vingar” daqueles que “não compartilham de suas formas de agir”.

“Vários terrenos estão sendo tomados dos proprietários, a exemplo do que aconteceu com a Dona Fátima, então benfeitora da presidente, mas que passou a discordar do método violento aplicado, passando a ser perseguida e ameaçada de violência física por Hariadna. A vítima é uma senhora que padece de uma doença grave e encontra-se abalada física e psicologicamente”, revelou outro morador, que também preferiu ficar no anonimato, para não ser ainda mais perseguido.

Durante o contato com a reportagem, os moradores disseram se sentir acuados e com medo, por conta das ameaças de perderem seus respectivos terrenos. Eles contaram que, em um áudio via WhatsApp, a presidente teria alegado que seria amiga de pessoas ligadas a uma facção criminosa, como forma de intimidá-los.

Logo após as denúncias dos moradores no Distrito Policial, um dos denunciantes recebeu ligações de uma pessoa que se identificou como sendo de uma facção. Na foto do perfil do suspeito aparece um homem com um pano cobrindo a cabeça e segurando uma arma de grosso calibre.

“Outra proprietária de terreno, também, passou a receber ligações estranhas”, relataram moradores.

Os denunciantes afirmaram que a atual gestão da União de Moradores do Residencial Natureza é formada por parentes da presidente e por pessoas muito próximas a ela. E que, os demais integrantes, que discordam dela, são removidos, automaticamente, da direção e do grupo de WhatsApp gerido por Hariadna Lira.

SEM PRESTAÇÃO DE CONTAS

“O absolutismo da presidente é patente por vários motivos. Além da entidade estar irregular, com documentação atrasada, ela não faz prestação de contas para os associados, que pagam mensalmente e não sabem onde estes e outros valores arrecadados estão sendo aplicados”, disse um morador.

NÃO LIBERA ÁGUA

A comunidade é abastecida por um poço artesiano, feito pelo governo do Estado. Mas, conforme os reclamantes, nos últimos dias, após as denúncias feitas no 12º DP, a água passou a ser algo raro na casa dos moradores, pois a presidente teria recolhido a chave e deixou de ligar a bomba, diariamente, e agora a comunidade estaria passando até três dias desabastecida.

Um detalhe que eles destacaram foi que a casa de Hariadna Lira teria poço próprio e, portanto, não precisa da água do poço artesiano da comunidade.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem do Jornal Pequeno, para que se defendesse das acusações feitas contra ela, a presidente Hariadna Lira disse que “tudo não passa de mentira”. E que “pelo contrário, essas pessoas querem é denegrir sua imagem, sendo essas mesmas pessoas as que vendem terrenos da comunidade”.

A presidente afirmou que todas as acusações são “calúnias contra ela” e que os denunciantes estão querendo lhe difamar. E que “ela é que está sendo atacada, por três homens dentro da comunidade, que não seriam sócios da união, nem contribuem com a entidade”. Ela disse, também, que tudo isso seria “um jogo político”, da parte de pessoas “que querem se apropriar da união”. E que “teria como provar, a perseguição que sofre, as calúnias, difamação e injúrias”, com Boletins de Ocorrência, que já registrou na Casa da Mulher Brasileira.

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