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No Maranhão, apenas 43% dos bebês são amamentados na primeira hora de vida

O panorama atual da amamentação no Brasil mostra um aumento na prática, com 46% das mães aderindo à amamentação exclusiva

Fonte: Com informações da assessoria
(Foto: Divulgação)

Agosto é o mês dedicado ao aleitamento materno no Brasil, e a campanha “Amamentação, apoie em todas as situações”, lançada pelo Ministério da Saúde para 2024, visa apoiar mães em todas as circunstâncias. Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a campanha busca reduzir as desigualdades sociais que afetam a amamentação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) ressaltam que a amamentação exclusiva pode salvar cerca de seis milhões de vidas infantis anualmente e reduzir a mortalidade infantil por causas evitáveis em até 13%. No entanto, a última pesquisa do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) revela que apenas 43% dos recém-nascidos são amamentados dentro da primeira hora após o parto, e 41% dos bebês com menos de seis meses são exclusivamente amamentados.

No Maranhão

No Maranhão, a campanha Agosto Dourado destaca a importância do leite materno nos primeiros seis meses de vida dos bebês. Em 2023, a Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (Macma) coletou 1.616,9 litros de leite de 2.085 doadoras, enquanto o Banco de Leite da Maternidade de Alto Risco de Imperatriz (Mari) registrou 506,3 litros de 554 doadoras. Embora a Macma tenha uma meta de coleta diária de 8 a 10 litros, atualmente o serviço tem captado entre 4 a 7 litros, com foco em bebês prematuros ou com dificuldades de amamentação direta.

O pediatra Elton Castro, da Hapvida NotreDame Intermédica, explica que muitas mães ainda enfrentam desafios quando o assunto é amamentação exclusiva. “É importante que os profissionais de saúde tenham treinamento específico. Para superar as barreiras, é necessário um esforço conjunto em prol dessa mãe que amamenta”, enfatiza o pediatra.

O panorama atual da amamentação no Brasil mostra um aumento na prática, com 46% das mães aderindo à amamentação exclusiva e seis em cada dez crianças sendo amamentadas até os dois anos. Contudo, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a meta de 50% estipulada pela OMS até 2025.

Agosto Dourado: confira cinco dicas de amamentação

Seguir as orientações corretas melhora a qualidade de vida da mãe e do bebê

Neste mês, a campanha Agosto Dourado conscientiza sobre a importância da amamentação para o desenvolvimento infantil e marca a luta pelo incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida. A cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, mais da metade das crianças brasileiras (53%), continua sendo amamentada no primeiro ano de vida.

O órgão público recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais e que, nos primeiros seis meses, o bebê seja alimentado exclusivamente pelo leite materno. Porém, os índices apontam um número que não corresponde às expectativas, com o aleitamento de 45,7% dos bebês menores de seis meses e 60% para os menores de quatro meses. Esses indicativos podem estar associados à falta de informação e dificuldades que a mãe enfrenta durante a amamentação.

Enfermeira compartilha dicas de amamentação

A enfermeira da Hapvida NotreDame Intermédica, Gabriela Vasconcelos, especialista em neonatologia e pediatria, dá cinco dicas fundamentais que podem ajudar as mães e seus bebês nesse processo:

*Dica 1 – Rede de apoio*

“É importante que a mãe se cerque de pessoas que vão ajudar, incentivar e encorajar durante todo o processo de amamentação, principalmente nos primeiros 15 dias de vida do bebê e até o primeiro mês de vida. Ter esse apoio e suporte é fundamental”, informa Gabriela.

*Dica 2 – Escolher um local na casa para a amamentação*

“Esse local precisa ser aconchegante e confortável para que a mãe possa vivenciar o momento da amamentação que é algo único e especial, e que fortalece o vínculo entre mãe e bebê. Um item essencial e que torna o momento mais tranquilo é a almofada de amamentação”, orienta a enfermeira.

*Dica 3 – Facilitando a pega do bebê*

“Quando a mama se encontra muito cheia, o bebê sente dificuldades em pegar o seio para mamar”, explica Vasconcelos.

“A dica é realizar uma massagem utilizando as pontas dos dedos indicador e médio em toda a mama, principalmente na região da auréola, sem dedilhar, e utilizando a outra mão como apoio para segurar o seio enquanto a massagem está sendo realizada. Após a massagem é necessário fazer uma pequena extração do leite utilizando o polegar e o indicador de forma a não provocar fissuras na região”, acrescenta.

*Dica 4 – Posicionamento do bebê*

“O bebê deve ser levado até o seio da mãe. Com uma das mãos, a mãe vai segurar a cabeça do bebê na altura da orelha, e vai levar o bebê de baixo para cima, posicionando-o exatamente na altura do mamilo. Depois vai liberar a mão que estava apoiando a cabeça da criança e vai segurá-la adequadamente”, descreve Gabriela.

*Dica 5 – Observar os sinais de pega correta desse bebê*

“Observar se o queixo está encostando na mama, nariz livre, com as bochechas do bebê redondinhas e cheias, e se ele suga, engole e respira, sem dor e sem estalos. Tudo isso são sinais de que ele está sugando adequadamente e que a amamentação está sendo feita de forma segura”, pontua a especialista.

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