Fiema vê Maranhão como parceiro estratégico na exploração da Margem Equatorial Brasileira

Edilson Baldez ressalta que o maior desafio da indústria de petróleo e gás é superar a imposição de questões ambientais.

Fonte: Redação / Assessoria
Edilson Baldez, presidente da Fiema (Foto: Divulgação)

Edilson Baldez, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), ressaltou os desafios e oportunidades enfrentados pela indústria brasileira de petróleo e gás. Desde fevereiro, a Fiema integra a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), que desempenha um papel considerado crucial na representação de entidades e empresas do setor no Brasil.

Baldez destaca a crescente rigidez das questões ambientais impostas por diversas instituições, incluindo o governo federal, como um dos principais obstáculos para o desenvolvimento do setor.

Além dos desafios, Baldez aponta para as oportunidades que surgem com a necessidade de readequação da matriz energética nacional, enfatizando a importância de fontes de energia limpas e complementares.

Ele também ressalta o papel da ONIP como um fórum essencial para o desenvolvimento de competências e a melhoria do ambiente de negócios, promovendo a união dos elos da cadeia produtiva de petróleo e gás.

Em entrevista, o presidente da Fiema ainda ressalta a importância de debates sobre questões ambientais e a exploração da Margem Equatorial Brasileira, destacando o potencial do estado do Maranhão como parceiro estratégico nesse processo.

– Na opinião da Fiema, quais são os principais os desafios da indústria brasileira de petróleo e gás, atualmente?

Edilson Baldez – Sem qualquer pretensão de estabelecer alguma hierarquia entre eles, pode-se dizer que os principais desafios enfrentados pela indústria brasileira de petróleo e gás se resumem em superar as questões ambientais impostas por instituições das mais diversas origens, inclusive do próprio governo federal, uma vez que elas se mostram vez mais rigorosas e isso dificulta o ambiente dos negócios.

O fator mudanças climáticas vem sendo usado como argumento para várias imposições, grande parte delas sem a necessária comprovação científica, principalmente quando se refere à exploração e produção de petróleo e gás. Além disso, é preciso estimular os investimentos na descarbonização no setor industrial em linha com movimento mundial de redução do Gases de Efeito Estufa (GEE).

Outro desafio diz respeito à necessidade de equacionar custos e preços, diante da dinâmica do mercado nacional e paridade internacional de preços. Entende-se que um ambiente de baixos custos deve contribuir para uma política mais justa de preços.

– E quais as principais oportunidades hoje e nos próximos anos?

Edilson Baldez – As principais oportunidades atuais e nos próximos anos se acham na necessidade de uma readequação da matriz energética nacional, com a ampliação de oportunidades ou alternativas de fontes limpas e complementares de energia para variados tipos de indústria. Isto não se dará, evidentemente, a curto prazo, mas não pode ser deixado para segundo plano. O desenvolvimento tecnológico e as pressões ambientais devem induzir essa readequação de ofertas.

– Qual a importância e o papel da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) para a indústria nacional de petróleo e gás?

Edilson Baldez – A ONIP, desde sua criação, se propôs a exercer um papel de protagonismo no mercado de petróleo e gás, operando como um fórum natural onde se possam desenvolver competências, melhor visualização do mercado, ante a necessidade de geração de ganhos de produtividade e competitividade no mercado nacional e exportador. Isto implica na melhoria do ambiente de negócios, aproximando interesses das empresas fornecedoras e compradoras, na união de todos os elos da cadeia produtiva de petróleo e gás, uma vez que os impactos em cadeia são mais expressivos.

– Que temas precisam ser debatidos e quais ações e iniciativas deveriam ou precisam ser desenvolvidas nos próximos anos, para alavancar a indústria nacional de petróleo e gás?

Edilson Baldez – Diante da “força” que vem sendo atribuída aos fatores de mudança climática, como argumento para várias restrições produtivas, parece cada vez mais importante exaurir a discussão das questões ambientais, principalmente em razão da inevitável necessidade de exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial Brasileira, o que pode mudar a economia de vários estados do Norte e Nordeste brasileiros. O desenvolvimento da indústria nacional de petróleo e gás e todos os seus efeitos para frente e para trás, sobre outros setores, passa pela exploração da Margem Equatorial.

O estado do Maranhão possui grande potencial e deve ser forte parceira nesse processo produtivo. Esta discussão se justifica, ainda, na falta de unidade de pensamento e conduta nas próprias equipes do governo central e a economia industrial precisa deixar de ser vista como inimigo das questões ambientais. Nenhuma indústria deseja destruir o meio ambiente, como parecem ser as “visões” de quem faz regulamentações ambientais sempre e cada vez mais restritivas.

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