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Israel resgatou corpos de 6 reféns sequestrados pelo Hamas: “Brutalmente assassinados”

Os corpos foram encontrados pelo Exército de Israel em um túnel na zona de Rafah, no sul de Gaza.

Fonte: Guiame
Quatro homens e duas mulheres feitos reféns pelo Hamas foram encontrados mortos em Rafah. (Reprodução: arquivos pessoais)

As Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) encontraram os corpos de seis reféns, sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro, que foram assassinados pelos terroristas.

O exército israelense anunciou no domingo (1º) que os corpos foram encontrados em um túnel na zona de Rafah, no sul de Gaza, durante a noite, logo após terem sido assassinados por terroristas.

Os reféns eram Hersh Goldberg-Polin, 23 (cidadão israelense-americano), Eden Yerushalmi, 24, Ori Danino, 25, Alex Lobanov, 32, Carmel Gat, 40, e Almog Sarusi, 27.

Goldberg-Polin, Yerushalmi, Lobanov, Sarusi e Danino (um suboficial fora de serviço) foram sequestrados no festival de música próximo do Kibutz Re’im, enquanto Gat foi levada do Kibutz Be’eri.

Os corpos foram encontrados com vários ferimentos de bala, informou o Ministério da Saúde de Israel, citando um exame realizado pelo Instituto Forense Abu Kabir.

Segundo o ministério, os reféns foram assassinados entre 48 e 72 horas antes da autópsia, ou seja, entre quinta e sexta-feira de manhã.

‘Brutalmente assassinados’

O porta-voz das IDF, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que os seis foram “brutalmente assassinados” pelo Hamas pouco antes da chegada das tropas, possivelmente um ou dois dias antes de serem encontrados.

“De acordo com uma avaliação inicial… eles foram brutalmente assassinados por terroristas do Hamas pouco antes de chegarmos até eles. Eles foram sequestrados vivos na manhã de 7 de outubro pelo grupo terrorista Hamas”, disse Hagari em uma coletiva de imprensa.

“Seus corpos foram encontrados durante os combates em Rafah, em um túnel, a cerca de um quilômetro do túnel de onde resgatamos Farhan al-Qadi alguns dias atrás”, disse ele.

As IDF informaram que não conheciam a localização exata dos reféns, mas tinham indícios sobre uma área geral onde os seis poderiam estar detidos, e estavam operando com cautela nessa região.

“Desde que Farhan foi encontrado, as tropas receberam ênfase em operar com cuidado ainda mais do que o normal, por causa do entendimento de que reféns adicionais podem estar na área. Não tínhamos informações sobre a localização exata dos reféns”, disse Hagari.

No sábado, tropas começaram a vasculhar um complexo de túneis a cerca de 20 metros de profundidade e encontraram os reféns mortos à tarde. À noite, seus corpos foram retirados de Gaza e levados a Israel para identificação.

A IDF informou que não houve confrontos com os terroristas do Hamas dentro do túnel, e que os responsáveis pelos assassinatos fugiram da área. No entanto, as tropas enfrentaram agentes terroristas na superfície, perto do local do túnel.

Repercussões

O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou estar “devastado e indignado” com as mortes dos reféns, especialmente a do cidadão israelense-americano Goldberg-Polin. Ele mencionou que ele e outros americanos mantiveram em suas orações seus pais, Jon e Rachel.

“Trabalhei incansavelmente para trazer seu amado Hersh em segurança até eles e estou com o coração partido pela notícia de sua morte”, disse Biden.

“É tão trágico quanto repreensível. Não se enganem, os líderes do Hamas pagarão por esses crimes. E continuaremos trabalhando dia e noite por um acordo para garantir a libertação dos reféns restantes”, disse ele.

O presidente Isaac Herzog disse em um comunicado que “o coração de uma nação inteira está despedaçado” com o anúncio da morte dos reféns.

“Em nome de todo o Estado de Israel, guardo suas famílias em meu coração e peço perdão. Perdão por não poder devolver seus entes queridos para casa em segurança”, disse ele.

O ministro da Defesa Yoav Gallant disse: “Durante este momento doloroso e difícil, meus pensamentos e meu coração estão com as famílias dos reféns que foram mortos.”

Não houve comentários públicos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

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