Dados do Sebrae apontam os pequenos negócios de serviços e do comércio com maior relevância em uma economia em franco crescimento Em um cenário que une beleza e riqueza cultural, São Luís cresce abraçada pela baía de São Marcos, que se abre para horizontes bastante promissores.
Fundada por franceses, a cidade-ilha chega aos 412 anos tendo a localização geográfica privilegiada como um dos diferenciais. Por outro lado, o comércio, que sustentou a formação econômica da capital, atualmente, divide com o setor de serviços o protagonismo econômico, sendo ambos fios condutores de uma economia dinâmica e fortemente ancorada nos pequenos negócios.
Dados levantados pela Unidade de Inteligência de Mercado do Sebrae no Maranhão (DataSebrae e Receita Federal) de 21/08/2024 revelam uma presença forte dos pequenos negócios no cenário econômico. Do total de negócios ativos e formais na economia local, São Luís tem 93.445 empreendimentos dos mais diversificados portes. São 42.478 Microempreendedores Individuais, representando 45,46% do universo total, fazendo de São Luís detentora de um terço do total de MEIs do estado; 38.453 Microempresas, 41,15% do total; 6.671 Médias e Grandes Empresas, o que corresponde a 7,14% do total e 5.843 Empresas de Pequeno Porte, as EPPs, somando 6,25% entre os empreendimentos.
“Com esse dinamismo, a capital maranhense aparece como um território propício para o empreendedorismo, com grandes e diversificadas oportunidades. O Sebrae, que tem sido parceiro do desenvolvimento da nossa capital, ajudando a identificar vocações, trabalhando para melhorar o ambiente de negócios e para apoiar o empreendedor de pequenos negócios, disseminando conhecimento e inovação, quer continuar presente, cada vez mais focado no desenvolvimento da nossa capital”, assinalou o presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, Celso Gonçalo.
SETOR DE SERVIÇOS GANHA EVIDÊNCIA NO CENÁRIO ECONÔMICO DA CAPITAL
Os negócios que compõem o panorama de empresas ativas mostram o setor de Serviços como o de maior densidade, com 48.232 estabelecimentos (51,6% do total), seguido do Comércio com 32.992 estabelecimentos (35,3% do total); da Indústria, com 6.170 estabelecimentos (6,6% do total); da Construção Civil, aglutinando 5.784 estabelecimentos (6,2% do total) e da Agropecuária, com 07 estabelecimentos (0,2% do universo).
Quanto aos segmentos de negócios de maior destaque na economia de São Luís, aparecem o Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 4.756 estabelecimentos; o segmento de Cabeleireiros, manicure e pedicure, com 3.084 estabelecimentos, o de Promoção de vendas, com 2.446 estabelecimentos, seguidos do segmento de Restaurantes e similares, com um total de 2.165 estabelecimento, de Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, com 1.941 empreendimentos e do Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (minimercados, mercearias e armazéns), que somam 1.930 negócios formais.
OPORTUNIDADES DE NORTE A SUL DA ILHA
Os dados coletados pelo Sebrae apontam os territórios com maior número de negócios. Liderando o ranking, aparece o Jardim Renascença, com 5.443 empresas ativas, tendo entre os destaques, os segmentos de serviços advocatícios, com 336 empresas; as atividades médicas ambulatoriais restritas a consultas, com 240 negócios e a construção de edifícios, com 230 empresas.
O Centro da cidade, que foi berço do comércio, concentra hoje 4.338 empresas ativas, sendo o segundo território com maior número de negócios, seguido do Bairro do Calhau, com 4.125 negócios. O território do Turu aparece em quarto lugar, com 4.121 empresas ativas; em seguida vem a Cidade Operária, com 2.921 empreendimentos; a Cohama, com 2.575 e o Jardim São Cristóvão, em sétimo lugar, abrigando 2.335 empresas ativas.
O economista José Cursino Moreira, integrante da Unidade de Inteligência de Mercado do Sebrae no Maranhão, ressalta que a esse panorama, de forma complementar, se destacam alguns segmentos e setores com forte dinâmica e potencial de geração de oportunidades.
“Com natural vocação para o turismo, São Luís tem fortes potencialidades de crescimento em razão de sua cultura, patrimônio arquitetônico, das belezas naturais e história. Contudo, a localização geográfica a faz um centro de logística, com influência sobre o MATOPIBA (região de confluência entre o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, fronteira da produção de grãos) e o centro oeste brasileiro. Do mesmo modo, a proximidade com o Centro de Lançamento de Alcântara, o Complexo Portuário, também sinalizam oportunidades interessantes, assim como a condição de centro urbano avançado, abre perspectivas como centro prestador de serviços de saúde, educação, cultura (abrangendo a economia criativa), intermediação financeira, construção civil, lazer, arte e prestações de serviços em geral. Portanto, São Luís é uma cidade de amplas possibilidades nos setores da economia urbana e de vínculos com o comércio exterior”, analisou o economista.
Nesse cenário, o Sebrae deve abraçar alguns desafios na perspectiva de estreitar laços de parceria em favor do desenvolvimento econômico da capital. “Com essa forte presença dos pequenos negócios na economia, o Sebrae tem o desafio de voltar-se para cadeias produtivas mais relevantes, fomentar o empreendedorismo, fortalecer parcerias e trabalhar para elevar a competitividade dos pequenos negócios com foco na inovação, na sustentabilidade e na gestão eficiente, além de buscar promover a inclusão dos grupos sub-representados, ajudando ainda a ampliar o nível de formalização, melhorando o ambiente de negócios, e atentando para a preparação desses negócios para geração de mais empregos, renda e oportunidades”, argumentou o diretor Superintendente, Albertino Leal de Barros Filho.