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Bancários da Caixa, BB e Basa iniciam greve no Maranhão nesta terça-feira, 10

Segundo o Dieese, o índice oferecido pelos bancos é menor do que o conquistado por 85% das categorias no país.

Fonte: Redação / Assessoria


Os bancários da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco da Amazônia decidiram iniciar uma greve geral, por tempo indeterminado, nesta terçafeira, (10 de setembro), no Maranhão. A decisão foi tomada durante Assembleia Geral realizada na última sexta (6), na sede do SEEB-MA, em São Luís, e via plataforma Zoom.

Por outro lado, os funcionários dos bancos privados e do Banco do Nordeste, apesar de se posicionarem contra as propostas rebaixadas da Fenaban e do BNB, optaram por agir democraticamente e assinar os acordos coletivos, conforme a decisão da maioria dos sindicatos do país. Assim, não haverá paralisação nesses bancos.

Os bancários da Caixa, BB e BASA decidiram deflagrar greve nacional a partir deste 10 de setembro, após rejeitarem a proposta de reajuste de 4,64% (INPC + 0,7%) nas verbas salariais em 2024 e de 0,6% (mais a inflação) em 2025. Os funcionários cobram 34,47% de aumento, entre outras reivindicações.

Segundo o Dieese, o índice oferecido pelos bancos é menor do que o conquistado por 85% das categorias no país. A maioria dos trabalhadores obteve 1,54% de ganhos reais neste ano. Este percentual (1,54%) já é considerado irrisório, mas os bancos ofereceram um valor ainda menor (0,7%), apesar do lucro de R$ 145 bilhões obtido em 2023.

“Além das cláusulas econômicas pífias, as propostas dos banqueiros e do governo não têm garantias sociais efetivas contra as metas abusivas, o assédio moral e as reestruturações. No mais, não preveem a contratação de mais bancários, condições dignas de trabalho, garantia do emprego e melhoria da assistência à saúde. Quanto às propostas específicas, o BB insiste na manutenção do Programa Performa; oficializa a extinção da função de caixa até dezembro; ameaça regulamentar a demissão imotivada; não aborda os problemas de custeio da Cassi e não inclui os bancários pós-2018 na cobertura do plano quando chegarem à aposentadoria”, afirmou o coordenador-geral do SEEB-MA, Rodolfo Cutrim.

Ainda segundo Cutrim, a proposta da CEF não abrange a convocação de concursados; ‘mantém o teto de 6,5% sobre o Saúde Caixa e exclui do plano os pós-2018; não mostra soluções para o equacionamento na Funcef; mantém o teto da PLR em até 3 remunerações; não incorpora a gratificação em certos casos e prevê perdas salariais para os tesoureiros”.

Por fim, conforme Rodolfo Cutrim, no Basa, “não houve melhorias significativas quanto ao reembolso no Programa Saúde Amazônia nem o aumento do teto de salários na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Por tudo isso, os bancários vão à greve geral! Juntos, podemos avançar mais”.

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