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Presença de organização criminosa brasileira nos EUA gera preocupação e ações conjuntas entre países

As autoridades dos dois países estão intensificando a cooperação para enfrentar essa ameaça

Fonte: Da Redação - Brazilian Times

Presença de organização criminosa brasileira nos EUA gera preocupação e ações conjuntas entre paísesICE diz que homem detido em Massachusetts é membro do PCC

A crescente presença do Primeiro Comando da Capital (PCC) nos Estados Unidos está despertando uma crescente preocupação entre as autoridades. Em maio de 2023, um episódio alarmante em Boston ilustrou a gravidade do problema: um homem de 50 anos, procurado pela Justiça brasileira e associado ao PCC, foi detido por agentes do escritório de Operação de Fiscalização e Remoção (ERO, sigla em inglês) em Boston (Massachusetts)

Este incidente destaca um fenômeno que se intensificou desde 2022: o aumento do número de membros de escalão inferior da facção, conhecidos como “soldados”, entrando ilegalmente no país.

O PCC, uma das facções criminosas mais temidas do Brasil com cerca de 40 mil membros, já expandiu suas operações para 26 países e continua a crescer globalmente. Em território americano, a facção tem mostrado sinais de influência, com relatos indicando que familiares de traficantes estão investindo em imóveis de luxo, especialmente em Miami. Esses investimentos são vistos como uma estratégia para lavar dinheiro e fortalecer a presença da facção fora do Brasil.

As autoridades dos dois países estão intensificando a cooperação para enfrentar essa ameaça. Os métodos de combate incluem a identificação de membros do PCC por suas tatuagens distintivas e a coordenação entre as polícias brasileira e americana para monitorar e intervir na expansão da facção. Recentemente, o governo dos EUA deu um passo significativo ao incluir o PCC em sua lista de organizações-alvo no combate ao tráfico de drogas. Em 2024, a administração Biden bloqueou os bens de Diego Macedo Gonçalves do Carmo, conhecido como Bhrama, por supostamente lavar cerca de R$ 1,2 bilhão para a facção.

Apesar desses esforços, especialistas alertam que o PCC enfrentará desafios substanciais para se estabelecer nos EUA devido à forte presença de grupos criminosos locais, que possuem redes bem consolidadas e influentes. Contudo, a resposta das autoridades americanas e brasileiras tem sido mais rigorosa, refletida pelo aumento significativo nas prisões de imigrantes com antecedentes criminais ligados à facção.

A colaboração internacional entre Brasil e Estados Unidos tem sido crucial para combater a infiltração do PCC, com operações frequentes resultando na prisão e deportação de vários indivíduos associados ao grupo. A situação está sendo monitorada de perto, com ambas as nações comprometidas em conter a influência crescente da facção criminosa e garantir a segurança pública.

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