Freddie Owens, de 46 anos, foi executado por injeção letal na sexta-feira, 20, por seu papel no assassinato de uma balconista de loja de conveniência durante um assalto em 1997. A execução ocorreu mesmo após uma testemunha-chave do caso afirmar, apenas um dia antes, que havia mentido durante o julgamento.
Owens foi condenado à morte em 1999 por assalto à mão armada e conspiração criminosa. Horas antes de sua execução, o co-réu Steve Golden assinou uma declaração na qual alegava ter sido pressionado por detetives a afirmar que Owens estava presente no assalto e que ele próprio havia atirado na balconista. “Fiz isso porque sabia que era o que a polícia queria que eu dissesse e porque temia pela minha vida se denunciasse o verdadeiro atirador”, disse Golden, acrescentando que Owens não estava no local.
Na época do julgamento, Golden havia firmado um acordo judicial para testemunhar contra Owens em troca de uma pena menor, resultando em uma condenação de 28 anos de prisão.
A Suprema Corte da Carolina do Sul, no entanto, negou pedidos para interromper a execução, que foi a primeira por injeção letal no estado em 14 anos, após problemas com o fornecedor da substância letal. Em sua decisão, o tribunal destacou que o novo depoimento de Golden era inconsistente com suas declarações anteriores, tanto no julgamento original quanto em um novo julgamento em 2003, além de suas declarações imediatas após o crime.
O tribunal também lembrou que Owens confessou o crime a cinco pessoas, incluindo uma namorada e dois policiais, o que corroborava sua condenação.
O Departamento de Correções dos EUA informou que Owens teve a opção de escolher entre injeção letal, cadeira elétrica ou pelotão de fuzilamento. Ele optou por deixar a escolha nas mãos de sua advogada, que decidiu pela injeção letal.
A execução de Freddie Owens levanta questões sobre a confiabilidade das testemunhas e o sistema judicial, especialmente em casos que envolvem a pena de morte