Muito antes de pensar em estudar psicologia, deparei-me com uma antiga e quase esquecida literatura do início do século passado, escrita por um renomado autor da época, Augusto Forel, em sua obra A Questão Sexual. Forel desafiava os rígidos costumes sociais ao abordar patologias e problemas relacionados ao comportamento humano, mas o que mais me chamou a atenção foi um conceito que ele introduziu: a autossugestão patológica, também conhecida como psicopatia adquirida por sugestão.
Forel explicou como certas influências externas poderiam levar um indivíduo a desenvolver distúrbios mentais e comportamentos desviantes, alterando profundamente sua personalidade. Hoje, este conceito de autossugestão patológica se aplica ainda mais no mundo moderno, repleto de estímulos que têm o potencial de moldar nossas mentes e comportamentos de maneiras prejudiciais. A autossugestão, que no passado se aplicava a estímulos limitados, agora é reforçada por uma multiplicidade de influências, como jogos eletrônicos, músicas de baixo nível, conteúdos sensacionalistas, e até romances irreais.
Jogos Eletrônicos: A Nova Realidade de Sugestão
Os jogos eletrônicos, especialmente aqueles que envolvem violência extrema, comportamentos antissociais ou recompensas por ações negativas, agem como potentes instrumentos de autossugestão. A repetição constante de violência e agressividade virtual pode desensibilizar o jogador, fazendo-o encarar esses comportamentos como normais. Para indivíduos mais vulneráveis, a linha entre fantasia e realidade se confunde, levando à internalização de comportamentos como manipulação, agressividade e falta de empatia, traços frequentemente associados à psicopatia.
Músicas de Baixo Nível: A Repetição do Negativo
Músicas que promovem a violência, a objetificação e a irresponsabilidade têm um poder sutil, mas profundo, de influenciar a mente humana. A exposição constante a letras que celebram a degradação de relacionamentos e o hedonismo pode distorcer os valores de um indivíduo, criando uma visão de mundo egoísta e antissocial. Quando o que ouvimos reforça repetidamente a degradação moral e ética, nossa mente acaba por absorver essas sugestões, enfraquecendo nossa capacidade de discernir o certo do errado.
O Excesso de Romance: O Perigo da Idealização
O consumo desenfreado de conteúdo romântico — seja em filmes, séries ou livros — pode criar expectativas irreais sobre relacionamentos. A idealização do amor perfeito, ou a crença de que o sofrimento emocional é parte essencial da paixão, pode distorcer a maneira como nos relacionamos. Esta autossugestão pode levar à codependência emocional, onde o indivíduo sente que só poderá ser feliz por meio do outro, enfraquecendo seu desenvolvimento pessoal e emocional. Isso alimenta a fragilidade emocional e a idealização do sofrimento, em vez de promover relações saudáveis e equilibradas.
A Indução à Tristeza e à Depressão: O Ciclo Perverso
A exposição contínua a conteúdos que reforçam a tristeza e a depressão — desde músicas melancólicas até postagens em redes sociais que exalam pessimismo — pode moldar a forma como lidamos com nossas próprias emoções. Ao normalizar esses estados mentais disfuncionais, a autossugestão negativa cria um ciclo vicioso, no qual o indivíduo passa a aceitar a tristeza e a depressão como partes permanentes de sua vida, dificultando a busca por soluções e cura.
Fatores Contemporâneos Contaminantes da Mente
No cenário moderno, há uma infinidade de fatores contaminantes que aumentam a suscetibilidade à autossugestão patológica:
Redes sociais: A busca constante por validação através de curtidas e comentários, juntamente com a comparação social incessante, cria um ambiente de insatisfação e insegurança que pode minar a autoestima e a saúde mental.
Pornografia: O consumo excessivo de pornografia distorce a percepção de intimidade e relacionamentos, promovendo a desumanização das interações e incentivando a objetificação, o que pode desencadear comportamentos psicopáticos nas relações reais.
Notícias sensacionalistas: A mídia, ao alimentar uma cultura do medo e do caos, acaba induzindo desconfiança, ansiedade e uma visão paranoica do mundo. Isso contribui para o isolamento e o desenvolvimento de comportamentos desajustados.
Excesso de estímulos digitais: A sobrecarga de informações e distrações digitais prejudica nossa capacidade de reflexão e concentração, tornando a mente mais vulnerável a influências externas negativas.
Penumbro Terapia Holística Epigenética
Felizmente, também há soluções para reverter esses efeitos. Um exemplo é o Penumbro Terapia Holística Epigenética, um projeto inovador que trabalha com a terapia da contemplação e a autossugestão positiva. A ideia é simples, mas poderosa: reprogramar os pensamentos e emoções para substituir padrões negativos por estímulos saudáveis, promovendo o alívio da ansiedade e depressão.
A prática de contemplação e autossugestão positiva oferecida pela Penumbro Terapia ajuda a restaurar o equilíbrio mental e emocional, capacitando os indivíduos a resistir às influências negativas que moldam comportamentos indesejados. Acompanhe esta coluna semanalmente para conhecer melhor o Projeto Penumbro Terapia Holística Epigenética e descobrir como ele pode ajudar na busca por uma mente mais equilibrada.
Conclusão
A psicopatia adquirida por sugestão, como descrita por Forel, é uma realidade ainda mais presente na era digital. O perigo de sermos seduzidos por estímulos externos que distorcem nossos comportamentos e personalidades é uma ameaça tangível. A mente humana, com sua enorme plasticidade, absorve e internaliza tudo aquilo com o qual interagimos, moldando nossa visão de mundo.
Por isso, é essencial desenvolver uma consciência crítica sobre os conteúdos que consumimos e buscar formas de proteger nossa saúde mental e emocional. Com tantas influências nocivas ao nosso redor, é mais importante do que nunca criar um espaço para contemplação e autossugestão positiva, permitindo que a mente se regenere e encontre equilíbrio em meio a um mundo de distrações e contaminações mentais.