SÃO LUÍS – Caminhar pelas ruas de paralelepípedo, pedras de cantaria, ver portões e janelas que se abrem para a eternidade, telhados e sobrados que sussurram histórias de tempos passados, no presente instante…Essa foi a inspiração para que o cantor e compositor César Nascimento compusesse a Valsa Ludovicense.
Um grande desafio para o autor, reconhecido artista popular, pois essa peça musical de gênero clássico, é uma das mais tradicionais danças de salão que tem muitas especificidades, entre elas, o compasso dividido em três tempos. “Eu mergulhei a fundo nos estudos para fazer o arranjo dessa composição”, disse César Nascimento.
Valsa Ludovicense já está disponível nas plataformas, mas o lançamento oficial vai ocorrer neste domingo, durante a programação do projeto Ilha Sinfônica, na Praça das Mercês – Desterro, a partir de 16h30. Na ocasião, César Nascimento será homenageado, e terá a Valsa Ludovicense apresentada no repertório da orquestra regida pelo maestro Jairo Moraes e pelo regente convidado, maestro Rodrigo Toffolo, além de uma releitura de Ilha Magnética, durante o concerto.
A programação do Ilha Sinfônica, totalmente gratuita, começa com a apresentação da saxofonista Sarah Byancci e dj Pedro Sobrinho, Tambor de Crioula Mestre Felipe, grupo MaraBrass e Boi de Santa Fé. E mais participações de Adriana Bosaipo, Núbia, Emanuel Jesus, Thaynara Oliveira, Elton Borges, Rose Nogueira, Nosly e Klicia. A noite contará ainda com o show do Quarteto de Cordas da Orquestra Ouro Preto e do Duo Hamilton de Holanda e Mestrinho.
Recentemente, César Nascimento realizou um show em São Luís, durante a Noite do Tambor de Crioula, no último dia 06 de setembro, na Praça das Mercês – Centro Histórico.
Autor de inúmeros sucessos, já consagrados, no cancioneiro popular maranhense, César Nascimento, radicado em Petrópolis – RJ, é um dos artistas que mais difunde a cultura popular do Estado em nível nacional. Dentre as composições mais conhecidas do público, e imprescindíveis em qualquer playlist, estão “O Radinho”, “Maguinha do Sá Viana”, “Serenin”, “Janela Aberta”, “Reggae Sanfonado” e a consagrada balada Ilha Magnética, que foi eleita como “Bem Cultural do Estado do Maranhão”.
César Nascimento tem 43 anos de carreira artística. Recentemente, lançou o videoclipe “Vem, Maninha!”, o single “Fofinho”, durante o Carnaval, antes dele, relançou o single Desterro, de 1989, em clipe no YouTube com direção de Diego Caversan, imagens de estúdio feitas por ele, imagens aéreas do fotógrafo Meireles Junior e desenhos do artista plástico Cordeiro Filho. Ano passado, gravou o disco “É Pra São João”, com ritmos da cultura popular, e EPedra!, um EP voltado ao ritmo jamaicano com sotaque maranhense.
Ao todo, além dos singles, são dois álbuns virtuais nas plataformas; além dos 08 (oito) CDs, 02 (dois) DVDs, 02 LPs já produzidos e mais outras faixas gravadas em coletâneas, como “Mururu” do LP Segunda de Arte (1992), “Gavião Vadio”, composição de Nicéas Drumont e Cecílio, interpretada com Betto Pereira no LP Maio Oito Meia (2017) e “João do Vale, Minha Homenagem”, do LP Vinil & Poesia – Vol.01 (2020). A saber, o CD/DVD Violão de Coreiro – A composição de César Nascimento e seu violão, de 2018, é considerado pela crítica especializada como uma obra prima da carreira do artista.