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Maranhenses estavam trabalhando sob condições degradantes em navio ancorado na Bahia

O resgate foi realizado por auditores-fiscais da Superintendência Regional do Trabalho com apoio da Marinha.

Fonte: Redação / Assessoria

Três maranhenses foram resgatados de condições análogas à escravidão em navio ancorado na Bahia (Foto: Divulgação)

Três trabalhadores maranhenses estavam entre os 16 empregados resgatados de condições análogas à escravidão em um navio de bandeira das Ilhas Marshall, de propriedade de uma empresa norueguesa, que estava ancorado na Baía de Todos-os-Santos, em Salvador.

O resgate foi realizado por auditores-fiscais da Superintendência Regional do Trabalho da Bahia (SRT-BA), com apoio da Marinha do Brasil, entre os dias 23 e 27 de setembro.

Os maranhenses, com outros nove trabalhadores de Salvador e quatro do Espírito Santo, haviam sido contratados por uma empresa de Vitória para realizar serviços de lavagem e pintura dos porões da embarcação.

No entanto, ao chegarem ao local de trabalho, foram submetidos a condições precárias de moradia e alimentação.

De acordo com as investigações, os trabalhadores passaram cinco dias em alojamentos improvisados no navio, sem local adequado para alimentação, descanso ou higiene pessoal.

Ainda segundo os auditores-fiscais, eles dormiam em redes e colchões no convés, expostos ao sol e à chuva, e não tinham instalações apropriadas para tomar banho, sendo obrigados a usar uma mangueira ao ar livre, sem privacidade. As refeições eram consumidas no chão, junto ao material de trabalho, em condições insalubres.

A jornada de trabalho era exaustiva, chegando a 14 horas diárias, das 6h às 21h, com apenas uma hora para o almoço. Mesmo diante das condições extremas, os trabalhadores não tinham um ambiente adequado para descansar e recuperar suas forças.

A inspeção foi parte de uma campanha de fiscalização de navios de bandeira estrangeira, promovida em conjunto por auditores-fiscais do trabalho e inspetores da Marinha, com o objetivo de verificar a segurança da navegação e as condições de trabalho e remuneração dos tripulantes.

Após o resgate, os trabalhadores foram retirados do navio e hospedados em terra, enquanto aguardavam o pagamento de seus salários e direitos trabalhistas.

Os valores começaram a ser quitados no dia 24 de setembro, e os últimos trabalhadores retornaram a seus estados de origem, incluindo o Maranhão, no dia 25.

Os pedidos de seguro-desemprego foram registrados nos dias 26 e 27 de setembro, garantindo assistência às vítimas.

O caso está sob investigação, e medidas legais serão tomadas contra os responsáveis pela violação dos direitos trabalhistas.

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