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Alerta sobre o Alzheimer e a necessidade de entender os sinais da doença

No mês de setembro, é lembrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer

Fonte: James Pimentel
(Foto: Divulgação)

Desde criança, Celira Barros, que hoje tem 89 anos, estava acostumada com o trabalho duro, então não sobrava muito tempo para os estudos. Levava uma vida agitada, com um dia a dia cheio de serviço, o que lhe deu um corpo resistente e uma mente que funcionava muito bem. Aos 60 anos, ela decidiu que iria aprender a ler e a escrever, o que foi um marco na sua vida, deixando sua mente ainda mais lúcida e fortalecendo sua capacidade de raciocinar e aprender. Mas isso não durou muito. Com o passar dos anos, a família começou a notar um comportamento diferente nela.

Uma de suas netas, a farmacêutica e professora da Facimp Wyden, Laynara Santos, conta que sua avó começou a repetir tarefas, contar a mesma história diversas vezes e ter muita dificuldade de lembrar de fatos recentes. Após buscar ajuda profissional, o diagnóstico foi dado: dona Celira sofre da Doença de Alzheimer (DA). “A ausência do marido, que sempre foi seu companheiro, intensificou a solidão e, consequentemente, as manifestações da doença. A descoberta do Alzheimer foi um choque para todos, mas também um convite para aprofundar os cuidados e o amor que sempre nutriam por ela”, conta Laynara.

No mês de setembro, é lembrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer, que busca trazer informação sobre as formas de prevenção e os cuidados necessários para enfrentar essa doença, que afeta mais de 1 milhão de pessoas só no Brasil, segundo a Alzheimer’s Association.

A professora Layana explica que a DA é descrita pelo Ministério da Saúde como um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, caracterizado pela deterioração cognitiva, perda de memória e comprometimento das atividades diárias. “Embora ainda não exista uma cura definitiva, há maneiras de prevenir e retardar o avanço da doença, além de cuidados essenciais que familiares e cuidadores devem adotar”, esclarece.

PREVENÇÃO

É possível reduzir o risco de desenvolvimento da doença com algumas mudanças no estilo de vida: “manter a mente ativa, por meio de atividades como estudar, ler, pensar e fazer jogos inteligentes, ajuda a preservar as funções cognitivas. Além disso, praticar atividades físicas regulares, ter uma alimentação saudável, dormir bem e participar de atividades sociais também são medidas preventivas importantes”, esclarece a professora.

Para os familiares e cuidadores, a professora também dá conselhos fundamentais sobre a administração correta da medicação. “A adesão ao tratamento é crucial para que o paciente tenha uma resposta eficaz à terapêutica. O cuidador ou responsável deve estar sempre atento, ajudando o idoso a superar eventuais dificuldades no tratamento”, ressalta. Além disso, Laynara frisa a importância do diagnóstico precoce e do encaminhamento ágil para o atendimento especializado, especialmente por meio da Atenção Básica do SUS, que é a porta de entrada para esses cuidados.

Com a ajuda de profissionais da saúde, a família de dona Celira aprendeu a lidar com as nuances da doença, a importância da medicação e a necessidade de adaptar o ambiente para garantir a segurança de seu bem-estar.

“A jornada foi desafiadora, mas também repleta de aprendizados e momentos de grande afeto. A história da minha avó é um exemplo inspirador de resiliência e amor, mostrando que mesmo diante de um diagnóstico difícil, é possível encontrar forças para cuidar de quem amamos”, conta, emocionada, a professora da Facimp.

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