Adriana Vieira, paulista de 31 anos, faleceu no último final de semana (21-22) após participar de uma festa em um barco que partiu de uma marina em Miami. Ela havia chegado à Flórida com o marido e o filho de seis anos. Segundo relatos de amigas, que pediram para não ser identificadas, o casal se estabeleceu em Orlando após solicitar um visto de asilo, aguardando a decisão da imigração.
De acordo com as amigas, após um desentendimento grave, o marido decidiu voltar ao Brasil, deixando Adriana na Flórida em uma situação financeira difícil. Para se sustentar, ela fazia limpeza, tinha um brechó e trabalhava como dançarina em uma boate de Miami nos finais de semana.
O corpo de Adriana foi levado a um dos necrotérios da cidade, onde aguarda reconhecimento por parte de sua mãe, com o apoio da Capelania de uma igreja brasileira local. Sem familiares nos EUA, o filho dela está sob os cuidados de uma babá.
As amigas tomaram a iniciativa de ajudar a família, entrando em contato com uma igreja, o Consulado Geral do Brasil em Orlando e o necrotério. A funcionária informou que o prazo legal para o reconhecimento do corpo está se esgotando, e, caso isso não ocorra, o corpo poderá ser enterrado como indigente.
Após o reconhecimento, uma autópsia será realizada para determinar a causa da morte, e o corpo será encaminhado para uma funerária que cobra cerca de $20 mil. Como a família não tem condições financeiras, as amigas planejam criar uma vaquinha online, mas isso só poderá ser feito após a conclusão dos trâmites legais. Elas já estão em contato com uma mulher que administra uma instituição disposta a ajudar na organização da campanha de arrecadação.
As amigas estão liderando o processo, pois a família está relutante em colaborar. “A mãe é muito religiosa e a família não quis se pronunciar por preconceito, já que Adriana supostamente estava fazendo coisas erradas”, comentou uma das amigas.
O caso será encaminhado à polícia de Miami, que iniciará investigações para apurar se houve algum crime.