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OMS amplia aprovação de vacina contra mpox para adolescentes de 12 a 17 anos

Em agosto, a OMS renovou o status de emergência internacional de saúde pública para a mpox

Fonte: Da redação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a ampliação do uso da vacina contra a mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos), fabricada pela dinamarquesa Bavarian Nordic, para adolescentes entre 12 e 17 anos. A vacina, chamada de Jynneos ou Imvanex, já havia sido aprovada em setembro para maiores de 18 anos, sendo a primeira vacina contra a mpox a receber o aval da OMS.

A decisão de estender a faixa etária foi tomada em outubro, após a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também aprovar o uso da vacina para adolescentes. A avaliação considerou a ausência de riscos adicionais de segurança, além de evidências que indicaram que a resposta imune nos adolescentes foi semelhante à observada em adultos.

Expansão do uso da vacina no Brasil e no mundo

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso excepcional da Jynneos, mas por enquanto, apenas para maiores de 18 anos. A OMS destacou que a eficácia da vacina em esquemas de duas doses, com intervalo de quatro semanas, foi de 82%, enquanto uma dose única mostrou alta proteção de 76%. Isso levou a organização a recomendar a aplicação individual em situações de oferta limitada.

Em comunicado, a OMS afirmou que a vacina tem demonstrado um bom perfil de segurança e eficácia tanto em estudos clínicos quanto no uso real durante o surto global de mpox, iniciado em 2022. No entanto, a organização ressaltou a importância de continuar coletando dados sobre a segurança e eficácia da vacina, especialmente diante do surgimento de novas cepas do vírus.

Novas vacinas em análise e desafios globais

Além da Jynneos, outras duas vacinas estão sendo avaliadas pela OMS para o combate à mpox: a LC-16, da japonesa KM Biologics, e a ACAM2000, da americana Emergent BioSolutions. Ambas foram inicialmente desenvolvidas para a varíola tradicional, mas também oferecem proteção contra a mpox devido à semelhança entre os vírus.

A aprovação da OMS, conhecida como pré-qualificação, desempenha um papel importante no apoio a autoridades regulatórias de países sem agências robustas como a Anvisa. Esse processo facilita a aquisição e distribuição de vacinas por entidades globais, como a Aliança Gavi e a Unicef, garantindo que doses cheguem às regiões mais necessitadas.

Epidemia global e novas variantes da mpox

Em agosto, a OMS renovou o status de emergência internacional de saúde pública para a mpox, após uma explosão de casos na República Democrática do Congo (RDC) e a identificação de uma nova versão mais letal do vírus, chamada de 1b. Essa cepa, assim como a variante Clado 2b, responsável pelo surto global de 2022, tem se disseminado principalmente por vias sexuais, elevando o nível de alerta das autoridades sanitárias.

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