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Justiça do Maranhão liberta homem que assediou vendedora de loja em São Luís

O homem havia sido detido em seu local de trabalho, uma loja de roupas na mesma avenida onde a vítima trabalha

Fonte: Da redação


A Justiça do Maranhão concedeu liberdade provisória a Márcio Victor Carvalho Ferreira, de 19 anos, preso em flagrante na quinta-feira (24) após se masturbar e ejacular nas costas de uma vendedora em uma loja de roupas infantis, em São Luís. O homem havia sido detido em seu local de trabalho, uma loja de roupas na mesma avenida onde a vítima trabalha. Ele foi autuado pelo crime de estupro.

Após a prisão, Márcio Victor passou por uma audiência de custódia nesta sexta-feira (25) e foi liberado provisoriamente por decisão da juíza substituta Mirna Cardoso Siqueira, da 2ª Central de Inquéritos e Custódia de São Luís. De acordo com a decisão judicial, a libertação foi concedida devido ao fato do sujeito ser réu primário e não apresentar riscos aparentes às investigações.

“Verifica-se que o autuado é primário, posto que não consta contra si nenhuma ação penal, assim como nenhuma sentença penal condenatória transitada em julgado, demonstrando, assim, não ser capaz de prejudicar a instrução criminal, fugir do distrito da culpa ou pôr em risco a ordem pública”, afirma um trecho do Termo da Audiência de Custódia.

Confissão e motivação do crime

Em depoimento, Márcio Victor confessou que o ato foi motivado por um desafio de um grupo do qual faz parte, que incita a violência contra mulheres e animais. Segundo o delegado Jefferson Portela, que investiga o caso, o homem relatou que o grupo, por meio de um aplicativo, realizou uma “eleição” entre os membros para escolher quem praticaria o ato. Ele teria sido o escolhido para cometer o crime contra uma mulher.

O delegado detalhou que Márcio Victor simulou interesse em comprar roupas para crianças e, enquanto a vendedora o atendia, ele se aproveitou de um momento em que ela estava sozinha para cometer o ato. Em seu depoimento, ele afirmou que escolheu o local ao acaso, após identificar uma oportunidade ao ver que a funcionária estava sozinha.

Ainda em seu relato, o suspeito revelou que outro integrante do grupo foi eleito para praticar maus-tratos contra um gato, confirmando a existência de ações semelhantes dentro do grupo.

A liberdade provisória de Márcio Victor gerou discussões sobre o combate à violência contra mulheres e a segurança de profissionais no local de trabalho, enquanto a Polícia Civil do Maranhão segue investigando o caso e a possível ligação do suspeito com outros crimes similares.

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