O advogado David Pereira de Sá e o líder de uma organização criminosa, identificado como Vagner da Silva Carvalho, foram indiciados pela Polícia Civil por vários crimes decorrentes do tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e falsa identidade. Segundo a investigação, eles e outros comparsas foram alvos das duas fases da Operação Fragmentado, deflagrada com apoio do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Conforme a polícia, o advogado é acusado de colaborar com a associação criminosa, atuando como transmissor das ordens do chefe Vagner, diretamente do presídio em que ele está preso.
Em dois anos, alvo de operação movimentou R$ 700 mil com tráfico de drogas entre o Maranhão, Piauí e Amazonas, de acordo com a investigação.
A investigação teve início após a prisão de Vagner da Silva Carvalho, detido em março em uma blitz na cidade de Teresina, por tráfico de drogas, organização criminosa e falsidade ideológica.
Wagner e os comparsas transportavam grandes quantidades de entorpecentes da cidade de Manaus, no Amazonas, para o estado do Piauí. Ao chegar em Teresina, o principal alvo da operação distribuía as drogas para outros traficantes. Em quase dois anos, ele movimentou mais de 700 mil reais, inclusive no Maranhão.
Wagner lavava o dinheiro do crime adquirindo imóveis e ostentando riqueza. Ele e a namorada forneciam dados bancários, ajudavam com pagamentos para traficantes e tinha participação direta nos crimes cometidos.
As investigações terão continuidade para apurar o possível envolvimento de mais pessoas na organização criminosa.