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Brasileira é disputada por mais de 20 universidades nos EUA

Enquanto decide qual universidade escolher, Manuella Alves reforça seu compromisso com o basquete e representa uma nova geração de talentos brasileiros

Fonte: Brazilian Times, com informações de UOL Esportes
A jovem brasileira Manuella Alves, de 18 anos, vive um momento decisivo em sua promissora carreira no basquete. Após atrair o interesse de mais de 20 universidades norte-americanas, a atleta agora se vê diante de uma importante decisão: escolher entre as cinco universidades finalistas para sua trajetória na NCAA, a liga de esportes universitários dos Estados Unidos. As instituições Louisville, North Carolina, Illinois, Miami e Iowa estão entre as principais interessadas em contar com o talento de Manuella nas quadras.

Manuella falou sobre o desafio de fazer uma escolha que pode definir o rumo de sua carreira. “Teu corpo não vai funcionar na quadra se sua mente não estiver bem. Acho que antes de qualquer coisa, é preciso cuidar da sua saúde mental. E isso está muito alinhado na performance em quadra. […] Não é fácil pensar em escolher uma faculdade e ter que dizer ‘não’ para outras,” declarou a atleta. Ela destaca que o suporte emocional da família e de sua técnica, que a treinou em campeonatos de verão, tem sido fundamental neste momento.

O amor pelo basquete sempre fez parte da vida de Manuella. Filha do técnico de basquete do Vasco, Léo Figueiró, ela cresceu acompanhando o pai nas quadras e, desde cedo, decidiu que queria seguir no esporte. “Eu sempre estive nesse meio. Comecei porque via o meu pai jogar. Sempre tive na minha cabeça que queria jogar profissionalmente e fazer disso um estilo de vida,” contou. Apesar de também ter praticado vôlei na infância, a paixão pela “bola laranja” foi mais forte.

No entanto, o caminho não foi isento de dificuldades. Durante a pandemia de covid-19, Manuella enfrentou um período de incertezas e chegou a pensar em desistir do esporte, devido à falta de treinos presenciais e à distância das quadras. O apoio do pai foi essencial nesse momento crítico. “Acredito e incentivo muito meus filhos. Nunca os obriguei a jogar, mas quando demonstraram interesse, eu me posicionei como pai e ex-atleta. Fiz o possível para manter a paixão acesa durante a pandemia, desde treinos na varanda até desafios motores,” relembra Figueiró.

A decisão de se mudar para os Estados Unidos, em busca de uma carreira no basquete, foi uma escolha estratégica. A adaptação inicial não foi fácil – além das diferenças culturais, Manuella não falava inglês –, mas, determinada, ela se empenhou em aprender o idioma e rapidamente se destacou nas quadras. “Eu fui com medo, mas fui. […] A ideia era aproveitar o alto nível do basquete nos EUA para evoluir e buscar oportunidades,” explica.

O sistema esportivo norte-americano, reconhecido pelo investimento no desenvolvimento de jovens talentos, impressionou a jovem atleta. Ela revela o desejo de ver o Brasil adotar uma postura semelhante. “Nos Estados Unidos, o esporte é tratado com seriedade: há investimento de tempo, dinheiro e as melhores condições para o desenvolvimento. No Brasil, sinto falta dessa valorização. […] Sei que há muito talento no Brasil, mas ele não é explorado, porque o esporte não é visto como uma carreira viável,” comenta.

Enquanto decide qual universidade escolher, Manuella Alves reforça seu compromisso com o basquete e representa uma nova geração de talentos brasileiros, que sonha em levar o nome do país para o cenário internacional.

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