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Polícia Civil realiza operação na Grande Ilha contra invasão de dados sigilosos e extorsão na internet

Durante a ação, executada pelo Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos, vinculado à Seic, os policias apreenderam vários dispositivos eletrônicos

Fonte: Com informações da assessoria
(Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS – A Polícia Civil do Maranhão, por meio do Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT/Seic), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (6), na Grande Ilha, a operação Data and Extortion (Dados e Extorsão) contra uma rede criminosa envolvida na invasão de banco de dados e extorsão na internet. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a ação, que reflete o compromisso do Sistema de Segurança Pública no combate a crimes cibernéticos.

As investigações apontam que os criminosos teriam acessado ilegalmente bancos de dados e vendido informações pessoais sensíveis a R$ 17.000,00 por pacote. Além disso, os investigados tentaram extorquir os detentores das informações, exigindo até R$ 100.000,00 para cessar a divulgação dos dados e a não prospecção de novas informações sigilosas de seus sistemas. Entre as vítimas da prática criminosa está uma grande rede de supermercados do estado.

“Além dos mandados de busca, demos cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão, como a ordem para o não contato entre os investigados e afastamento deles dos sistemas de dados; tanto para resguardar o andamento das investigações, como para coletar mais provas e assim poder se avançar e alcançar mais suspeitos, bem como mais elementos de prova” afirmou Guilherme Campelo, chefe do DCCT.

Durante as buscas, diversos eletrônicos foram apreendidos, incluindo celulares e notebooks, que serão analisados para apurar o alcance dos crimes. A polícia suspeita que os dados roubados eram vendidos no submundo digital, como na dark web e em aplicativos de mensagens.

Ainda de acordo com o delegado Guilherme Campelo, os dados subtraídos dos sistemas pelos criminosos envolviam informações como nomes, CPF’s, e-mails, números de telefone e até sobre quanto as pessoas recebiam de salário.

“Dados do tipo viabilizam a prática de outros crimes, como estelionato eletrônico e o da falsa central de atendimento, por exemplo, levando as pessoas a caírem em golpes”, explicou.

Ainda segundo o chefe do DCCT, as investigações foram iniciadas depois que as vítimas procuraram o departamento para denunciar o caso. Na ocasião, elas foram orientadas a não ceder às exigências. De imediato, os policiais identificaram os suspeitos, sendo dois deles da área de tecnologia da informação, e representaram judicialmente contra eles.

As investigações continuarão sendo realizadas, pois a polícia suspeita que mais pessoas possam estar envolvidas na prática.

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