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A Influência Parental nos Comportamentos Suicidas dos Adolescentes

Atualmente, já há casos de pais que entram na justiça para despejar filhos adultos que se recusam a sair de casa, refletindo um cenário de jovens sem perspectivas de formar famílias ou alcançar autonomia financeira

Fonte: Ronaldo Kroeff


A psicologia tem mudado nas últimas décadas, e, como filha da filosofia, tem se mostrado cada vez mais necessária em todas as áreas, especialmente entre os jovens de uma geração marcada por pais divorciados, indefinições de gênero, polarizações ideológicas e dificuldades na formação e inserção no mercado de trabalho. Atualmente, já há casos de pais que entram na justiça para despejar filhos adultos que se recusam a sair de casa, refletindo um cenário de jovens sem perspectivas de formar famílias ou alcançar autonomia financeira. É um novo mundo, onde os conflitos geracionais e a falta de estrutura familiar agravam uma geração já vulnerável a transtornos emocionais e problemas de saúde mental.

Esse fenômeno é amplamente discutido na psicologia epigenética, que investiga como os genes respondem aos hábitos e ambientes dos pais, influenciando a saúde mental dos filhos. Estudos indicam que a alimentação rica em estimulantes, o uso de drogas e álcool, e outros comportamentos de risco dos pais podem transmitir, através da epigenética, marcadores genéticos que predispõem os filhos a transtornos como ansiedade, depressão e comportamentos autodestrutivos. Em uma geração onde crianças e adolescentes são cada vez mais diagnosticados com transtornos psicológicos, as raízes dos problemas se estendem desde o ambiente familiar até as escolhas de estilo de vida dos pais antes mesmo de terem filhos.

Especialistas também apontam que a ausência de vínculos afetivos e o aumento da pressão social e acadêmica têm um papel crucial no surgimento de comportamentos suicidas em adolescentes. Crianças e jovens, muitas vezes criados por pais ocupados, ausentes ou em conflito constante, podem internalizar uma sensação de abandono e insegurança. Em um estudo publicado no Journal of Adolescence, pesquisadores observaram que adolescentes expostos a ambientes familiares instáveis e a altas exigências emocionais e acadêmicas têm maior predisposição para desenvolver ideação suicida.

O que torna o cenário ainda mais preocupante é a falta de apoio familiar para lidar com esses problemas. Enquanto os jovens enfrentam pressões para ter sucesso acadêmico e se estabelecer profissionalmente, muitos pais, imersos em suas próprias dificuldades, acabam por não reconhecer ou não oferecer suporte emocional adequado. A pressão para se conformar com padrões de sucesso e a ausência de uma base sólida e afetiva geram um terreno fértil para o surgimento de comportamentos autodestrutivos.

Diante desse panorama, é fundamental que pais, escolas e profissionais da saúde mental se unam para criar um ambiente mais acolhedor e que proporcione vínculos familiares fortes e saudáveis. É preciso educar e conscientizar sobre a importância de um estilo de vida saudável e da presença afetiva para evitar que problemas emocionais se transformem em tragédias. A psicologia, nesse sentido, se apresenta não apenas como uma ciência do entendimento humano, mas como uma ferramenta essencial para construir relações familiares e sociais mais saudáveis e capazes de prevenir os impactos dos traumas emocionais na juventude.

Por meio dos anos, tenho me dedicado ao estudo da epigenética em busca de terapias holísticas que visam mudar esses marcadores epigenéticos destrutivos. Isso me levou a criar a Penumbro Terapia Holística Epigenética e a TCA (Terapia Centrada no Ambiente), que trabalha para proporcionar mudanças significativas na saúde mental dos jovens. Através dessa coluna semanal, convido você a conhecer essa abordagem inovadora, que integra métodos de autocuidado e suporte emocional, visando resgatar o equilíbrio e bem-estar de crianças e adolescentes.

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