Nesta quarta-feira, 27 de novembro, será realizada a Assembleia de Posse da nova diretoria do Sindeducação, sindicato que representa os (as) profissionais do magistério do ensino público de São Luís. A gestão Unidade e Luta por mais Direitos, que inicia um novo mandato, tem a missão de defender os direitos dos (das) professores (as) e lutar por uma educação pública de qualidade para crianças, jovens e adultos da capital maranhense.
Nos últimos anos, o Sindeducação protagonizou lutas importantes pelos direitos da categoria e dos (as) estudantes da nossa cidade. Em 2022, construiu uma forte greve, que além do reajuste do Piso, após cinco anos sem aumento salarial, conquistou mais força para exigir que as escolas da rede municipal fossem reformadas e climatizadas. Por meio da Campanha Mobiliza Sindeducação visitou escolas que não tinham condições estruturais e pedagógicas de funcionamento e publicizou essa situação nas redes sociais e na imprensa local, pressionando o poder executivo municipal a atender suas demandas.
Mas ainda há muitos desafios para que a população de São Luís tenha uma educação pública de qualidade. Um deles diz respeito à valorização dos (das) professores (as) que, além da garantia de reajuste anual conforme a Lei do Piso (Lei nº11.738/08), também se materializa pela necessária mudança do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento (PCCV) do magistério de São Luís, que é de 2008 e precisa ser atualizado a fim de contemplar as atuais demandas da categoria, como, por exemplo, o aumento dos percentuais do Adicional de Titulação, incentivando a formação e qualificação dos (as) profissionais, da Gratificação de Difícil Acesso, garantindo melhores condições de trabalho, sobretudo aos professores que atuam na zona rural.
Devemos destacar também a falta de inclusão efetiva dos (as) alunos (as) com deficiência, não sendo assegurada a disponibilização de profissionais com formação e em quantidade suficiente, salas de recursos equipadas, formação continuada específica, condições necessárias para que possam ser atendidos (as) com qualidade.
Outro desafio importante é a realização de concurso público com número de vagas suficientes para vencer um problema histórico da rede que é a falta de professores nas escolas. É inadmissível que os (as) estudantes da rede fiquem anos sem ter aulas das diversas disciplinas, especialmente, Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, que são as disciplinas com maior carência de professores atualmente. Apesar de ter contratado cerca de 1300 professores (as) por meio de seletivo, a Prefeitura anunciou concurso para profissionais da educação com apenas 600 vagas.
Assim, a nova gestão do Sindeducação deve permanecer organizando a luta dos (as) professores (as) e cobrando do poder público prioridade nos investimentos e na valorização docente e respeito aos direitos dos (as) alunos (as), para que realmente tenham garantido o acesso ao conhecimento científico e tecnológico e à herança cultural e artística da humanidade.