O consumo anual de energia elétrica no Brasil deve crescer em média 3,3% ao ano a partir de 2025, segundo um relatório divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As projeções consideram a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2029, refletindo o aumento da atividade econômica e a expansão da infraestrutura energética.
Projeções de consumo
De acordo com os dados, o consumo médio de energia em 2024 deve registrar um aumento de 5,3% em relação a 2023, atingindo 79.899 MW médios. Para 2025, a expectativa é de um crescimento adicional de 3,5%, elevando o consumo para 82.690 MW médios. Até 2029, o país deverá alcançar a marca de 94.157 MW médios.
O relatório incorpora a integração do estado de Roraima ao SIN, prevista para o início de 2026. Atualmente, Roraima é o único estado brasileiro fora do sistema interligado.
Impacto econômico
O desempenho econômico acima do esperado em 2024, com a previsão de crescimento do PIB ajustada de 2,2% para 3,2%, foi um dos fatores que motivaram a revisão das projeções de demanda. Embora o relatório preveja uma desaceleração econômica em 2025, a estimativa de crescimento do PIB foi mantida em 2,2%, refletindo o impacto positivo do carregamento estatístico e dos investimentos previstos.
Para os anos seguintes, o cenário macroeconômico é de maior estabilidade, com expansão contínua da demanda interna, especialmente em setores que demandam altos volumes de energia, como indústrias e infraestrutura.
Desafios e oportunidades
O crescimento projetado na demanda por energia reflete a necessidade de investimentos robustos na infraestrutura energética do país. A inclusão de Roraima no SIN, por exemplo, representa um avanço importante para garantir o fornecimento de energia confiável e integrado em todo o território nacional.
Além disso, a expansão da capacidade instalada exigirá o fortalecimento de fontes renováveis, como eólica e solar, que têm se consolidado como pilares do setor energético brasileiro. Esse crescimento também oferece oportunidades para investidores nacionais e internacionais, alinhados com a transição energética global.
Estabilidade e sustentabilidade
O relatório mantém as premissas qualitativas para os próximos anos, indicando um equilíbrio entre crescimento econômico e expansão do consumo energético. A integração de novas fontes de energia e o aumento da eficiência nos sistemas de distribuição serão fundamentais para atender à demanda crescente de forma sustentável.