Quatro postos de combustíveis em São Luís, pertencentes a uma rede com sede na Bahia, foram lacrados nesta quarta-feira (11) por suspeita de fraude na venda de gasolina. A ação, que teve participação do Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq), Polícia Federal, Polícia Civil e outros órgãos, revelou que os clientes estavam sendo lesados ao receberem menos combustível do que o indicado na bomba.
Os postos investigados estão localizados no bairro do Anil, próximo ao posto de saúde e à antiga sede do Incra; na Avenida dos Franceses, próximo à Estação Rodoviária, no bairro Santo Antônio; na avenida principal do Araçagi, em Paço do Lumiar; e na cidade de São José de Ribamar. Segundo denúncias, esses estabelecimentos pertencem a uma rede suspeita de envolvimento em desvio e lavagem de dinheiro, utilizando a revenda de combustíveis como fachada para legalizar recursos ilícitos.
De acordo com a investigação, os postos utilizavam dispositivos eletrônicos acionados por controle remoto para manipular as bombas de combustível. O esquema fazia com que o visor indicasse uma quantidade maior de litros do que a realmente entregue ao consumidor. Essa fraude, além de prejudicar os clientes, representava uma grave concorrência desleal com outros estabelecimentos que atuam de forma legal.
A presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Maranhão (Sindcombustíveis), Magnólia Rolim, manifestou apoio às operações que visam eliminar práticas fraudulentas do mercado. Segundo ela, essas ações são fundamentais para preservar a integridade de um setor tão importante para o estado. No entanto, Magnólia lamentou a possibilidade de que os postos voltem a operar em breve, após multas e acordos superficiais. “Infelizmente, muitas vezes eles corrigem temporariamente seus erros apenas para retomar práticas ilegais pouco tempo depois, prejudicando tanto os consumidores quanto o poder público”, afirmou.
A presidente também alertou os consumidores para desconfiar de preços muito abaixo da média, que podem indicar irregularidades, como adulteração de combustível ou sonegação fiscal. “É difícil conceber que um produto de mesma procedência seja vendido por preços tão discrepantes. O consumidor precisa estar atento”, concluiu.