O juiz Humberto Alves Júnior, titular da Vara Única de Pindaré-Mirim, presidiu a última sessão do ano, no dia 17/12, que julgou um crime de homicídio ocorrido há mais de 23 anos, em que a ação penal tramitava desde 2001 na comarca.
No julgamento, o juiz ressaltou a necessidade de realizar a sessão nesta semana, que marca o início do recesso forense no Judiciário (19/12/24 a 06/01/25), para garantir a prestação da Justiça com o julgamento de casos antigos pendentes de solução.
Após votação, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri reconheceu a ocorrência do crime e sua autoria, mas decidiu, por maioria, absolver Adeilson Maciel Anjo, o Dedé, pelo assassinato de Claudino Serra, conhecido como “Arrupiado”, acatando a tese de “legítima defesa”.
LEGÍTIMA DEFESA
Segundo a denúncia, em 23 de agosto de 2001, por volta de 1h da madrugada, em frente ao Clube de Reggae “Espaço Marley’”, na Rua Florindo Silva, em Pindaré-Mirim, o acusado, após discussão, teria matado, com vários golpes de facão, Serra, com quem tinha uma rixa pelo fato de a vítima ter agredido o seu irmão.
O réu deu vários golpes de faca na vítima que, para se livrar, passou a correr, tentando fugir, mas foi perseguida e alcançada pelo acusado, que deu outros golpes de facão nas costas e nos braços, conforme exame cadavérico juntado aos autos.
Durante o inquérito policial, o réu confessou o crime, afirmando que fez isso para se defender, porque a vítima teria dado um tapa em seu rosto.