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Maranhão e Bahia têm maior número de praias impróprias no Nordeste

Das praias monitoradas na capital maranhense, uma foi classificada como regular, dez como ruins e três como péssimas

Fonte: Da redação com Folha de S. Paulo

Salvador, com seus 105 quilômetros de orla, incluindo o trecho voltado para o oceano Atlântico, a baía de Todos-os-Santos e as ilhas dos Frades, Maré e Bom Jesus, apresenta apenas dois pontos de balneabilidade considerada própria o ano inteiro: a Ponta de Nossa Senhora, na Ilha dos Frades, e um trecho da Praia do Flamengo.

Fora da capital baiana, praias como Busca Vida, Itacimirim, Costa do Sauípe e Baixios também mantiveram boa qualidade da água ao longo de 2024. No total, 22 praias foram classificadas como boas no estado, representando 17% dos pontos monitorados. Por outro lado, 42,9% das praias da Bahia foram classificadas como ruins ou péssimas, colocando o estado, junto com o Maranhão, no topo do ranking de praias impróprias no Nordeste.

A coleta de indicadores de balneabilidade, realizada com base em normas federais, considera um trecho próprio se não houver mais de mil coliformes fecais por 100 ml de água na semana de análise e nas quatro semanas anteriores. O método da Cetesb foi utilizado para a avaliação anual, classificando praias como boas, próprias em todas as medições, ou péssimas, impróprias em mais da metade delas.

Além da Bahia e Maranhão, estados como Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipetambém apresentaram altos índices de praias ruins ou péssimas. Em comum, Bahia e Maranhão possuem grandes baías urbanas –a baía de Todos-os-Santos e a baía de São Marcos, respectivamente–, áreas próximas às capitais que enfrentam elevados níveis de poluição.

Das 37 praias avaliadas em Salvador, apenas 2 foram classificadas como boas, 6 como regulares, 13 como ruins e 16 como péssimas. Entre as praias regulares estão Stella Maris, no norte da cidade, e Santa Maria, próxima ao Porto da Barra.

A Embasa, responsável pelo saneamento na Bahia, afirmou que a qualidade das praias não depende exclusivamente do esgotamento sanitário, mas também de fatores como poluição de canais e descarte irregular de lixo e esgoto clandestino. Durante chuvas, o aumento do volume dos rios impede que o sistema capte o fluxo poluído, impactando diretamente a balneabilidade das praias.

Em São Luís nenhuma das praias esteve própria durante o ano todo. Das praias monitoradas na capital maranhense, uma foi classificada como regular, dez como ruins e três como péssimas. O governo estadual informou que intensificou ações de fiscalização para combater o lançamento irregular de efluentes. A Caema, empresa estadual de saneamento, também realiza inspeções e limpeza nos ramais de esgoto para minimizar os impactos da poluição nas praias.

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