O consumo de energia elétrica no Brasil registrou um aumento de 1,4% em novembro de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 47.324 gigawatts-hora (GWh) contra 46.666 GWh, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). No acumulado do ano até novembro, o crescimento foi de 5,9%, com a demanda passando de 484.657 GWh em 2023 para 513.079 GWh neste ano. Já nos últimos 12 meses, encerrados em novembro, o consumo teve alta de 6,1%, somando 560.302 GWh frente aos 527.883 GWh registrados no período anterior.
No mercado livre, onde os consumidores podem escolher seus fornecedores de energia, a demanda cresceu expressivos 11,2% em novembro. Por outro lado, o mercado cativo, administrado pelas distribuidoras, apresentou uma queda de 5,1%. No segmento residencial, o consumo retraiu 0,7% em novembro, atingindo 14.840 GWh. Segundo a EPE, temperaturas mais amenas e maior volume de chuvas contribuíram para essa redução no consumo residencial.
Apesar disso, no acumulado do ano até novembro, o consumo residencial cresceu 7,9%, alcançando 161.202 GWh, enquanto nos últimos 12 meses o aumento foi de 8,2%, totalizando 176.521 GWh. As indústrias também registraram crescimento no consumo, com alta de 4,9% tanto em novembro (16.842 GWh), quanto no acumulado do ano (181.302 GWh) e nos últimos 12 meses (196.971 GWh). A EPE destacou que a indústria mantém um patamar elevado de consumo há nove meses consecutivos, com todos os dez setores industriais de alta demanda energética apresentando aumento no período, sendo a metalurgia o segmento de maior destaque.
O setor comercial também registrou avanço, com aumento de 0,9% em novembro, totalizando 8.714 GWh. No acumulado do ano, o crescimento foi de 6%, somando 94.245 GWh, enquanto nos últimos 12 meses a expansão foi de 6,5%, atingindo 103.264 GWh.
Entre as regiões do país, o Norte liderou o crescimento do consumo de energia em novembro, com alta de 9,2% (4.504 GWh), seguido pelo Sul, que registrou aumento de 7,7% (8.656 GWh). Esses resultados reforçam a tendência de aumento na demanda por energia em diversos setores da economia e regiões do Brasil ao longo de 2024.