Na era moderna, uma prática que virou moda e poucos escapam de fazê-la são as selfies (ou selfie, como é mais comum) que se caracteriza como um ato de é tirar uma foto de si mesmo, geralmente usando a câmera frontal de um smartphone. Essa prática é popular e se tornou destaque nas redes sociais sendo atualmente considerada um dos símbolos ou ícones da era digital. Além do ato de fotografar a si mesmo ou em grupo, as selfies podem transmitir muito mais, não só como motivo de autoexpressão, como também de circunstancias ou de situações históricas para cada um que a pratica.
As selfies permitem também que as pessoas expressem seu humor, estado emocional, desejos, estilo de vida ou momentos da vida de forma visual.Historicamente, as selfies são praticadas há muitos anos, apesar de seu grande interesse ter se destacado mais recentemente, na era da modernidade. Os autorretratos pintados por artistas famosos (Leonardo da Vinci, Frida Kahlo, etc.) podem ser considerados os protagonistas das selfies. Por outro lado, estima-se que a primeira “selfie” fotográfica foi tirada em 1839 por Robert Cornelius, um pioneiro da fotografia, algo que à época era inovador.
Do ponto e vista tecnológicos e da inovação, as selfies vem sofrendo profundas mudanças devido a evolução dos smartphones que trouxeram câmeras frontais sensíveis, filtros e outros recursos. Aplicativos como o do Instagram, Snapchat e outros, se popularizaram como selfies, oferecendo ferramentas de edição e compartilhamento instantâneo. O surgimento de acessórios como o selfie stick tornou-se possível capturar ângulos mais amplos e criativos.
Quanto aos aspectos psicológicos relacionados às Selfies, destaca-se a autoestima, como um dos sentimentos mais relevantes, envolvido com as selfies. Para algumas pessoas, tirá-las são uma maneira de melhorar a autoconfiança e a autoestima ao se apresentarem sob a melhor foto possível. Além do mais, elas podem funcionar como um instrumento ou um meio de validação social. As curtidas e comentários no que são postados nas redes sociais podem estimular o desejo de acessibilidade e aprovação.
As selfies ajudam as pessoas a construírem e projetar sua identidade nas redes sociais. Da mesma forma como podem gerar um impacto enorme do ponto de vista cultural e social. E quanto maior for sua preocupação quanto sua imagem social maior será o interesse na prática da selfies.
Outras utilizações das Selfies é que elas têm sido usadas em campanhas sociais e políticas, como formas de se posicionar ou apoiar causas. Em viagem e turismo, são largamente utilizadas. Tirar selfies em pontos turísticos é quase obrigatório para muitos viajantes, mas também gera debates sobre segurança (ex.: selfies perigosas em locais arriscados).
As selfies podem transcender o simples registro e se tornar arte, especialmente quando combinadas com enquadramentos únicos, composições criativas e edição cuidadosa. Alguns fotógrafos profissionais utilizam o formato de selfie para explorar temas de identidade, vulnerabilidade e conexão.
E quais são os problemas e desafios que podem surgir quando o assunto são as selfies? Um deles é a segurança. Tirar selfies em situações perigosas (como em penhascos ou durante tempestades, navegação, trânsito, dirigindo, etc.) pode ocorrer acidentes fatais.
Vício em redes sociais. O excesso de selfies pode refletir problemas mais profundos, como uma busca incessante por validação online. A invasão da privacidadedos tiradores de selfies, o compartilhamento das mesmas sem cautela pode expor informações pessoais ou atrair atenção indesejada.
Modernamente, é elevadíssimo o número de pessoas, especialmente de adolescentes, que adentram no universo online e acabam desenvolvendo problemas emocionais importantes devido ao uso abusivo ou exagerado de redes sociais, smartfones, computadores, selfies e outros recursos que estão a nosso dispor. Transtornos ansiosos, compulsivos, obsessivos, depressivos, stress, fobias simples e sociais e muitos outros transtornos psiquiátricos os quais podem advir deste apego doentio destes equipamentos e/ou aplicativos eletrônicos, de redes sociais e de selfies.
Os aspectos sociais, são altamente relevantes quando o assunto são as selfies. Conexão e socialização são aspirações em quem as compartilham nas redes sociais, pois é uma forma de se conectar e entrar em contato com outras pessoas. Elas funcionam como uma “apresentação pública”, permitindo que indivíduos compartilhem suas experiências.
Outro aspecto relevante sobre este tema é o que diz respeito a representatividade e inclusão social. As selfies são uma extensão moderna dos autorretratos, comuns em movimento e refletem uma mudança cultural na forma como registramos e compartilharmos nossa intimidade. As selfies transcendem barreiras culturais e geográficas, sendo um fenômeno importante nos dias atuais.
Uma particularidade importante, como vimos acima, é que o uso excessivo de selfies pode levar a problemas psicológicos e emocionais importantes, entre estes a dependência de redes sociais, ansiedade social e distúrbios na consolidação da autoimagem. Isto é, as selfies são muito mais do que simples fotografias, elas são reflexas da sociedade em que vivemos, moldadas por tecnologias, dinâmicas culturais e anseios psicológicos. Elas nos permitem explorar nossa identidade, mas também nos desafiam a equilibrar moderada e idealização.
O impacto das selfies na saúde mental é um tema que vem ganhando universalmente, atenção, especialmente com o aumento do uso das redes sociais. Como podemos constatar o ato de tirar e compartilhar selfies pode ter efeitos tanto positivos quanto negativos no bem-estar psicológico, dependendo da frequência, das motivações e da forma como a prática é percebida.
O uso excessivo das redes sociais para postar selfies pode ser consequência ou causa dos transtornos citados acima, pois estes distúrbios podem afetar a capacidade de desconectar e se concentrar em outras áreas da vida. Esses transtornos emocionais passaram a serem designados, genericamente de “selfitis” o qual descreve a compulsão de tirar selfies repetidamente. Alguns pesquisadores, modernamente, sugerem que isso pode ser um indicador importante de problemas de saúde mental, como baixa autoestima e carência de atenção adquiridos pelo uso descontrolado destas práticas.