A travessia entre os estados do Tocantins e Maranhão será retomada a partir desta terça-feira (31), uma semana após o colapso da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. O trajeto será realizado por meio de balsas, operadas pela empresa Pipes Navegações.
Detalhes da travessia
Pedestres, automóveis e caminhonetes poderão utilizar as balsas a partir de terça-feira (31).
Caminhões poderão atravessar a partir de quarta-feira (1º).
Medidas emergenciais
O governador Wanderlei Barbosa afirmou que, em reunião com membros do Governo Federal, solicitou a instalação emergencial do serviço de balsas para aliviar o fluxo nas rodovias e garantir agilidade aos trabalhadores que necessitam atravessar o trecho diariamente.
Já o governador do Maranhão, Carlos Brandão, solicitou ajuda ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e anunciou nas redes sociais um acordo que garantirá o translado da população afetada pelo colapso da estrutura.
Com o acordo, o Dnit assumirá os custos da travessia de veículos leves que antes utilizavam a ponte e agora necessitam de rotas alternativas, como a travessia de barco até o município de Porto Franco (MA). A medida foi autorizada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, beneficiando moradores de ambos os estados.
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Impacto do colapso da ponte
A ponte que ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) cedeu na manhã do dia 22 de dezembro. Desde então, o trânsito entre os estados foi redirecionado para rotas alternativas. Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico caíram no Rio Tocantins, mas uma análise inicial da água indicou que não houve vazamento de substâncias tóxicas.
Vítimas
O número de mortos chegou a 11 nesta segunda-feira (30). Das 17 pessoas desaparecidas após a queda da ponte, 10 foram localizadas até o momento pela Marinha. As buscas continuam sem data para término devido à complexidade da operação, com profundidades do rio chegando a 48 metros no local do acidente.
A Marinha está empregando 87 agentes no local do acidente, com o suporte de outros 20 agentes que participam remotamente desde Belém (PA). As equipes estão monitorando possíveis vazamentos de produtos tóxicos, mas até o momento, nenhum dos caminhões apresentou vazamento e não há resquício das substâncias no rio Tocantins, conforme análise da Agência Nacional de Águas (ANA). As equipes seguem em alerta, pois os veículos ainda não foram retirados do rio.