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Balsa entre Tocantins e Maranhão segue parada por falta de documentação e segurança

A Marinha informou que ainda não recebeu os documentos necessários que comprovam a segurança do transporte.

Fonte: Com informações do G1 TO

Ponte JK no rio Tocantins, entre Aguiarnópolis e Estreito (MA) (Foto: Ana Paula Reihban/TV Anhanguera)

A balsa anunciada pelo governo do Tocantins, destinada a fazer a travessia entre o estado e o Maranhão, ainda não iniciou suas operações devido à falta de documentação essencial para garantir a segurança da estrutura, conforme informações divulgadas pela Marinha do Brasil.

A operação da balsa estava prevista para começar no último dia 31 de dezembro, mas, em nota oficial na noite de quinta-feira (2), a Marinha informou que ainda não recebeu os documentos necessários que comprovam o cumprimento das obrigações relacionadas à segurança do transporte.

O trecho da BR-226, que liga os dois estados, segue interditado desde o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido no dia 22 de dezembro. O acidente resultou na morte de 13 pessoas e quatro ainda estão desaparecidas.

A reconstrução da ponte está prevista para ser concluída até dezembro de 2025, com um investimento de R$ 171 milhões, conforme anúncio do governo federal.

Desafios na implementação

Apesar das promessas do governo e da empresa responsável pela operação da balsa, a Pipes Navegações, o serviço ainda não foi iniciado. O cronograma anunciado pela empresa para a abertura da travessia foi interrompido devido a atrasos na construção dos acessos ao rio e na obtenção das licenças necessárias.
A Pipes alegou dificuldades adicionais devido ao período chuvoso e à sequência de feriados que atrasaram as obras.

Em resposta à situação, a Marinha detalhou as exigências para que o serviço seja iniciado. Entre os requisitos estão a construção de rampas de acesso para embarque e desembarque dos veículos, a criação de pontos fixos de amarração para garantir a estabilidade da balsa durante a operação, e a instalação de uma infraestrutura para que motoristas e passageiros possam aguardar a travessia com segurança, uma vez que não poderão permanecer dentro dos veículos durante a travessia.

Documentação e tripulação

Além disso, a Marinha afirmou que a balsa precisa estar regularizada, com toda a documentação em ordem e com a tripulação devidamente qualificada. Esses requisitos técnicos ainda não foram cumpridos, o que impede o início da operação. A Marinha destacou que, apesar da urgência do cenário, as normas de segurança não podem ser negligenciadas.

Próximos passos

Enquanto isso, a Pipes Navegações informou que está participando de uma chamada pública e que adiantou o processo de montagem das embarcações para iniciar a operação o mais rápido possível, caso vença a licitação.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também confirmou que está mobilizado para garantir a liberação dos acessos e a construção dos atracadouros necessários, mas enfatizou que as balsas só poderão operar após a assinatura do contrato e a conclusão das obras necessárias.

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, em um vídeo divulgado nas redes sociais, explicou que o empresário Pedro Iran, proprietário da Pipes Navegações, está trabalhando para montar a balsa que possa realizar a travessia.

Segundo Iran, a falta de logística para transportar as embarcações e as dificuldades relacionadas ao período de chuvas prejudicaram o andamento do processo. No entanto, ele afirmou que a previsão é de que a balsa esteja operando em até 20 dias.

Por fim, em resposta a um questionamento sobre a responsabilidade pelas licenças e autorizações, o Dnit informou que as questões pendentes estão sendo resolvidas, mas que o cumprimento das normas de segurança da navegação é imprescindível para garantir a segurança dos passageiros e evitar novos acidentes.

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