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Bicho Geográfico: O que é, cuidados no verão e como identificar os sinais

Entenda o que é, como se prevenir e o que fazer ao identificar os sinais dessa infestação

Fonte: Deiwerson Damasceno dos Santos
(Foto: Divulgação)

No período de férias e com o aumento da exposição ao calor e à umidade, surgem também algumas preocupações com doenças e infecções associadas a essa estação. Uma delas é o bicho geográfico, uma condição dermatológica que, apesar de ser comum, causa desconforto e pode ser evitada com cuidados simples. Entenda o que é, como se prevenir e o que fazer ao identificar os sinais dessa infestação.

O que é o Bicho Geográfico?

O bicho geográfico (ou larva migrans cutânea) é uma infecção causada por larvas de parasitas que pertencem ao grupo dos vermes nematoides, principalmente os da espécie Ancylostoma braziliense, presentes em fezes de animais como cães e gatos. Essas larvas, ao entrarem em contato com a pele humana, migram pelas camadas superficiais da derme, criando trilhas avermelhadas e serpenteantes que lembram um mapa geográfico, o que dá origem ao nome da doença.

Apesar de não ser uma doença grave, o bicho geográfico causa intensa coceira e pode gerar lesões na pele, com risco de complicações se não tratado adequadamente.

Cuidados no verão

O verão é a estação mais propensa ao surgimento de casos de bicho geográfico devido ao aumento da temperatura e umidade, fatores que favorecem a sobrevivência e a mobilidade das larvas. Além disso, é comum que as pessoas se exponham a locais de risco, como praias, parques, áreas com grama ou terrenos onde há a presença de animais, especialmente os cães e gatos.

A melhor forma de evitar o bicho geográfico é a prevenção. “Com simples cuidados diários, como o uso de calçados apropriados e a higiene regular de animais domésticos, é possível reduzir significativamente o risco de contágio. Durante o verão, quando as pessoas estão mais propensas a frequentar praias e áreas externas, esses cuidados se tornam ainda mais importantes”, é o que detalha médica dermatologista e professora do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Otávia Bezerra.

Para prevenir a infestação, é fundamental tomar algumas precauções:

Evite contato direto com solo ou areia contaminados: Procure sempre usar toalhas ou mantas para se deitar em áreas ao ar livre;

Use calçados fechadose meias: Ao caminhar em locais com terra, areia ou grama, especialmente onde há animais soltos;

Evite contato direto com animais desconhecidos: Principalmente aqueles que não têm cuidados veterinários regulares;

Mantenha o ambiente doméstico limpo: com a higienização adequada de áreas frequentadas pelos pets. Certifique-se de que a área onde você está seja segura e livre de dejetos de animais.

“Os primeiros sinais do bicho geográfico geralmente aparecem de 1 a 3 dias após o contato com o solo ou areia contaminados. O principal sintoma é a coceira intensa na área afetada, acompanhada de linhas vermelhas ou rastros serpenteantes que indicam o movimento da larva pela pele. Em casos mais avançados, pode haver o desenvolvimento de bolhas ou feridas”, explica a dermatologista.

Se você identificar esses sintomas, é importante procurar assistência médica o mais rápido possível. O diagnóstico é feito por meio da observação clínica das lesões e, em alguns casos, exames adicionais podem ser solicitados para confirmar a presença das larvas.

O tratamento geralmente consiste no uso de medicamentos antiparasitários orais, como o albendazol ou mebendazol, que ajudam a eliminar as larvas do corpo. “Em alguns casos, também podem ser recomendados pomadas ou cremes para aliviar a coceira e a inflamação. Não tente se automedicar. A consulta com um dermatologista ou clínico geral é essencial para evitar complicações e garantir a recuperação”, conclui a médica.

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