Três reféns mantidas pelo Hamas na Faixa de Gaza foram libertadas neste domingo (19) após mais de 15 meses de conflito, como parte de um cessar-fogo acordado entre Israel e o grupo islâmico. A transferência das reféns foi conduzida pela Cruz Vermelha, que recebeu a informação do Hamas sobre um local específico em Gaza para a entrega das prisioneiras.
Entre as reféns, está Romi Gonen, de 24 anos, sequestrada durante o ataque do Hamas ao festival de música Supernova, em 7 de outubro de 2023, quando 364 pessoas foram mortas. Natural do norte de Israel, Gonen tentou fugir de carro e chegou a ligar para a mãe, Merav Leshem Gonen, enquanto explosões eram ouvidas ao fundo. Seu veículo foi encontrado vazio, e seu celular foi rastreado em Gaza. Dançarina e coreógrafa, Gonen foi ferida na mão, segundo relatos de reféns libertados.
Outra refém a ser solta é Emily Damari, de 28 anos, que nasceu em Israel depois que sua mãe britânica, Mandy, se mudou para o país. Cresceu em Kfar Aza, um kibutz próximo à fronteira com Gaza, onde foi capturada após militantes armados invadirem sua casa e a ferirem nas mãos e pernas. Seu cachorro, Choocha, foi baleado no pescoço, segundo a mãe. O advogado da família, Adam Rose, afirmou que Mandy estava “aguardando ansiosamente” a confirmação da libertação da filha.
A terceira refém, Doron Steinbrecher, de 31 anos, enfermeira veterinária, também foi sequestrada em Kfar Aza. No dia do ataque, enviou uma mensagem aos pais informando que havia sido capturada. Com cidadania israelense e romena, Steinbrecher apareceu em um vídeo divulgado pelo Hamas em janeiro de 2024 ao lado de outros dois reféns. Sua mãe, Simona Steinbrecher, afirmou em julho que sua vida parou no dia 7 de outubro. “Eu sei que ela está sozinha lá e não posso ajudá-la”, lamentou.