Representantes da Associação Brasileira de Surf na Pororoca (Abraspo) deram início ao cronograma de atividades de 2025 com a apresentação do projeto Pororoca – O ‘Encontro das Águas’ à Prefeitura de Arari, município a 165 km de São Luís, por onde passa o Rio Mearim e onde se presencia a pororoca, fenômeno natural que acontece quando as águas do rio se encontram com as do mar.
Segundo o diretor executivo da entidade, empresário Ricardo Pororoca, a ideia é alavancar o turismo na região aglutinando diversas atividades. Ele e parte da equipe se reuniram no gabinete da prefeita Maria Alves Muniz para tratar do projeto e conversar sobre as possibilidades de desenvolver a região por meio do turismo de aventura aglutinando diversas atividades.
A Abraspo quer contribuir para transformar a região em um polo turístico. No mês de novembro do ano passado, o atleta olímpico Gabriel Medina surfou pela primeira vez na pororoca do Rio Mearim e a estreia ganhou os holofotes da imprensa nacional. Foi o coroamento de um projeto vencedor, que já conquistou importantes vitórias e que, pela primeira vez, terá a oportunidade de ser efetivada oficialmente com o apoio do poder público e da iniciativa privada.
“Nós tivemos muito produtiva com a gestora municipal de Arari, o que foi muito representativo para nós, pois estamos envolvidos nesse projeto desde 2001 e enfrentamos muitas dificuldades. No entanto, não desistimos porque sabemos do potencial da região e do projeto em si, que abarca aspectos turísticos, naturais e culturais”, disse Ricardo Pororoca, acrescentando que a ideia é também apresentar o projeto para o governador Carlos Brandão e, consequentemente, levá-lo ao conhecimento dos Ministérios do Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente.
As atividades envolvendo a pororoca do Rio Mearim foram iniciadas em 2001 por Jerônimo Júnior e Noélio Sobrinho. Mais tarde, os dois se uniriam a Ricardo Fernandes, que por essa razão passaria a ser conhecido como Ricardo Pororoca. Em 2008, o projeto relativo à pororoca do Rio Mearim venceu o primeiro edital de eventos geradores de fluxo turístico do Brasil. Eram 294 entidades, sendo a do Maranhão a única relacionada com a área esportiva.
Ricardo, natural de Arari, já conhecia o fenômeno e uniu forças com os outros dois para que mais pessoas passagem a conhecer o projeto, que de acordo com ele vai muito além de uma simples aventura sobre as águas.
“É um projeto dentro do qual podemos trabalhar várias vertentes, não apenas a questão do esporte e do meio ambiente, mas o aspecto cultural, a partir do Festival da Pororoca, gerando emprego e renda para a região. Podemos alavancar, também, a prática dos esportes náuticos, que também gera renda. E há outros fatores que agregam valor ao fenômeno e as atividades em seu entorno, como é o caso do interesse das pessoas por veículos 4×4, motocross, entre outros esportes de aventura”, explicou Ricardo Pororoca.