Allan Kardec Duailibe, diretor-presidente da Gasmar, apresentou à ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o projeto de Sistema Especial para Monitoramento da Margem Equatorial Brasileira. O encontro ocorreu no Palácio dos Leões e defendeu o desenvolvimento socioeconômico decorrente da exploração da região.
Objetivos do projeto
Com um investimento estimado entre US$ 5 milhões e US$ 15 milhões, o sistema tem como objetivo monitorar diversos aspectos ambientais:
Derramamento de óleo offshore
Desmatamento e ocupações irregulares
Incêndios e queimadas
Comunicação de dados ambientais
Localização de embarcações e tripulantes em emergência
Monitoramento de navios em águas territoriais brasileiras
Produção e parcerias
Os satélites necessários para o sistema serão produzidos em um prazo de dois anos, utilizando capacidades nacionais. A parceria será estabelecida entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Petrobras.
Além disso, o Maranhão poderá ter um centro de estudos espaciais, inédito no Brasil, com base no nanossatélite Aldebaran I, desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Debate ambiental
O projeto visa a consolidar a contribuição da ciência nos debates entre ambientalistas e desenvolvimentistas sobre os impactos ambientais da exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial. A região tem um potencial estimado em mais de 30 bilhões de barris de petróleo, podendo gerar mais de 320 mil empregos e adicionar R$ 65 bilhões ao PIB nacional, segundo o Observatório Nacional da Indústria da CNI. O Maranhão possui duas das cinco bacias de petróleo e gás da Margem Equatorial: Barreirinhas e Pará-Maranhão.