O Maranhão encerrou o ano de 2024 com um total de 659.601 empregos formais ativos, representando uma variação positiva de 2,5% em relação ao ano anterior, quando o estado contabilizava 642.734 postos formais. Os dados, provenientes do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), foram divulgados na quinta-feira (30) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Como é habitual no mês de dezembro, o estado registrou uma redução de 7.003 vagas de trabalho. No entanto, o acumulado do ano (de janeiro a dezembro) apresentou um saldo positivo de 16.327 novos postos de trabalho com carteira assinada no Maranhão.
Setores que mais empregaram no Maranhão em 2024
Todos os cinco grandes setores da economia maranhense apresentaram saldos positivos em 2024. O destaque foi o setor do Comércio, que gerou 7.135 vagas formais no ano. Em seguida, aparecem:
- Serviços: +4.769 vagas
- Indústria: +2.416 vagas
- Construção: +1.608 vagas
- Agropecuária: +399 vagas
Perfil dos novos empregados no estado
Em termos de gênero, o Maranhão registrou um saldo maior de vagas ocupadas por mulheres (9.191) em comparação com homens (7.136). No recorte por faixa etária, os jovens entre 18 e 24 anos foram os mais beneficiados, ocupando 22.126 postos de trabalho formais.
Quando analisado o grau de instrução, a maioria das novas vagas foi preenchida por trabalhadores com ensino médio completo, que representaram 17.665 contratações ao longo do ano.
Panorama Nacional: crescimento de 16,5% nos empregos formais
Em nível nacional, o saldo de empregos formais apresentou um crescimento de 16,5% em 2024, comparado a 2023. De acordo com o Novo Caged, foram gerados 1.693.673 postos de trabalho no país entre janeiro e dezembro de 2024, em contraste com 1.454.124 vagas no ano anterior. Contudo, o mês de dezembro registrou uma redução de 535.547 vagas, o que representa uma variação negativa de -1,12%.
Desde janeiro de 2023, o Brasil contabilizou a criação de 3,14 milhões de novos postos de trabalho, elevando o estoque total de empregos formais para 47,21 milhões em dezembro de 2024, uma alta de 3,7% em relação ao ano anterior.
Setores que impulsionaram o mercado de trabalho no Brasil
Todos os cinco principais setores da economia registraram crescimento no número de vagas:
- Serviços: +929.002 postos (+4,20%)
- Comércio: +336.110 postos (+3,28%)
- Indústria: +306.889 postos (+3,56%), com destaque para a indústria de transformação (+282.488)
- Construção Civil: +110.921 postos (+4,04%)
- Agropecuária: +10.808 postos (+0,61%)
Desempenho por estado e região
O crescimento foi observado em todas as 27 unidades federativas. Os destaques em números absolutos foram:
- São Paulo: +459,3 mil vagas
- Rio de Janeiro: +145,2 mil vagas
- Minas Gerais: +139,5 mil vagas
Em termos relativos, os maiores crescimentos em dezembro ocorreram nos estados de:
- Amapá: +10,07%
- Roraima: +8,14%
- Amazonas: +7,11%
- Rio Grande do Norte: +6,83%
As cinco regiões brasileiras também apresentaram resultados positivos:
- Sudeste: +779.170 vagas (+3,35%)
- Nordeste: +4,34% de crescimento
- Sul: +297.955 vagas (+3,58%), impulsionado pela recuperação do Rio Grande do Sul após desastres climáticos
- Centro-Oeste: +137.327 vagas (+3,38%)
- Norte: +115.051 vagas (+5,07%)
Gênero e raça no mercado de trabalho
O saldo foi positivo para ambos os gêneros:
- Mulheres: +898.680 vagas
- Homens: +794.993 vagas
No recorte racial, o saldo foi positivo para:
- Pardos: +1.929.771 vagas
- Brancos: +908.732 vagas
- Pretos: +373.501 vagas
- Amarelos: +13.271 vagas
Por outro lado, houve saldo negativo para indígenas, com uma redução de 1.502 vagas.
Salário médio real de admissão
O salário médio real de admissão em dezembro de 2024 foi de R$ 2.162,22, representando um aumento de R$ 33,41 (+1,57%) em comparação com o mesmo período de 2023 (R$ 2.128,90). No acumulado do ano, o salário médio ficou em R$ 2.177,96, um crescimento de R$ 55,02 (+2,59%) em relação a 2023 (R$ 2.122,94).
Retração no mês de dezembro
Como de costume, dezembro registrou uma retração no número de postos de trabalho, com saldos negativos em todas as unidades federativas. Os maiores impactos foram sentidos em:
- São Paulo: -190,5 mil vagas
- Minas Gerais: -68,6 mil vagas
- Santa Catarina: -43 mil vagas
A redução foi verificada em todos os grandes setores da economia, com destaque para:
- Serviços: -257,7 mil vagas
- Indústria: -116,4 mil vagas
Apesar da retração no último mês do ano, o saldo anual positivo reforça a recuperação do mercado de trabalho no país e no Maranhão, consolidando o crescimento do emprego formal e destacando a importância dos setores de comércio e serviços como motores da economia.