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O grupo Hamas anunciou que entregará os corpos de Shiri Bibas e de seus dois filhos pequenos, Kfir e Ariel, familiares de Yarden Bibas, um dos reféns israelenses libertados no último dia 1º de fevereiro. A informação foi confirmada nesta terça-feira (17) pelo chefe da equipe de negociação do grupo, Khalil Al-Hayya, segundo a CNN.
Além da devolução dos corpos, o Hamas também comunicou que seis reféns vivos serão libertados no próximo sábado (22), como parte das negociações em curso no Egito. O governo israelense confirmou o acordo e detalhou que a entrega dos corpos está prevista para a quinta-feira (19), enquanto a libertação dos reféns sobreviventes ocorrerá no fim de semana.
Confirmação das mortes
O anúncio representa a primeira evidência concreta da morte de Shiri Bibas e de seus filhos, que tinham apenas 9 meses e 4 anos de idade quando foram sequestrados durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, em Israel.
Em novembro do ano passado, o Hamas afirmou que a mãe e os filhos haviam sido mortos em um ataque aéreo israelense, mas o governo de Israel nunca confirmou a informação. Diante do novo comunicado, a família Bibasexpressou choque e pediu esclarecimentos.
“Estamos chocados com o anúncio do porta-voz do Hamas sobre a restituição prevista de nossos Shiri, Ariel e Kfir nesta quinta-feira. Não há confirmação oficial a esse respeito”, afirmou a família em nota divulgada nesta terça-feira (18).
Yarden Bibas foi libertado sem a esposa e os filhos
O pai da família, Yarden Bibas, foi um dos reféns libertados pelo Hamas no início de fevereiro, em um episódio que comoveu a comunidade internacional. Sua libertação, sem a esposa e os filhos, gerou grande mobilização global, especialmente porque a foto do bebê Kfir, o mais jovem entre os reféns sequestrados em outubro, foi amplamente compartilhada em campanhas pedindo a libertação dos sequestrados.
Com a morte confirmada de Ariel e Kfir, eles se tornam as últimas crianças reféns a morrer em cativeiro, após não terem sido incluídos na trégua temporária de novembro de 2023, quando o Hamas libertou mulheres e menores de idade.
Agora, as atenções se voltam para as negociações em curso no Egito, que buscam viabilizar a libertação de mais reféns e um possível cessar-fogo no conflito.