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Escolas passam a ter autonomia para definir guarda dos celulares no período de aulas

A escolha do modelo mais adequado dependerá da infraestrutura de cada escola, de sua cultura institucional e das necessidades dos estudantes

Fonte: Da redação

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, na quinta-feira (20), um documento com diretrizes para a proibição do uso de celulares nas escolas brasileiras. O texto reafirma a autonomia das instituições de ensino para definir como será o armazenamento dos aparelhos, apresentando três modelos principais de guarda: na mochila do aluno, em caixas sob supervisão do professor ou em armários na entrada da escola.

De acordo com o relator do documento, Israel Batista, a escolha do modelo mais adequado dependerá da infraestrutura de cada escola, de sua cultura institucional e das necessidades dos estudantes. “Cada abordagem apresenta benefícios e desafios, que devem ser considerados”, destaca o texto.

A opção mais comum, conforme levantamento da Folha de S.Paulo, é permitir que os alunos guardem os celulares dentro da própria mochila. O documento aponta que essa alternativa tem a vantagem de simplificar a logística da escola e manter a responsabilidade sobre o aparelho com o estudante. No entanto, há desvantagens, como o risco de distração. Segundo a Unesco, a mera proximidade do celular pode prejudicar a concentração dos alunos, aumentar a ansiedade e comprometer o desempenho acadêmico.

Outra alternativa sugerida é o armazenamento dos aparelhos em caixas sob supervisão do professor. Esse modelo permite um maior controle do uso, garantindo que o celular seja acessado apenas quando autorizado para fins pedagógicos. Além disso, reduz o risco de extravio durante o período escolar. Contudo, o documento alerta que essa solução adiciona uma responsabilidade extra ao professor, que precisaria administrar a guarda e segurança dos aparelhos, o que pode sobrecarregar sua rotina em sala de aula.

A terceira opção recomendada é o armazenamento dos celulares na entrada da escola, em armários ou caixas coletoras. Esse modelo tem a vantagem de minimizar o acesso dos alunos aos dispositivos durante o período letivo, além de aliviar a carga dos professores em relação ao gerenciamento dos aparelhos. No entanto, essa estratégia envolve custos adicionais para a instalação dos armários e exige processos bem definidos para evitar problemas logísticos, como atrasos na devolução dos celulares ao final do dia.

Na quarta-feira (19), o Ministério da Educação publicou um decreto estabelecendo que todas as escolas devem incluir em seus regimentos internos as regras para armazenamento dos aparelhos e as sanções aplicáveis aos alunos que descumprirem as normas. Para isso, as instituições deverão seguir as orientações do Conselho Nacional de Educação, além de respeitar regulamentações locais.

Com essa medida, o governo busca equilibrar o uso responsável da tecnologia no ambiente escolar, minimizando distrações e criando um ambiente mais propício para a aprendizagem.

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