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Suspeito de engravidar enteada autista é preso em Imperatriz

O crime foi descoberto pela mãe da vítima, que a levou ao médico após perceber a ausência de menstruação.

Fonte: Redação
Foto: Ilustração

A Polícia Civil do Maranhão, por meio da Delegacia Especial da Mulher (DEM) de Imperatriz, prendeu, na manhã desta sexta-feira (7), um homem suspeito de estuprar a própria enteada, uma jovem de 23 anos com autismo em grau severo. O crime foi descoberto pela mãe da vítima, que a levou para atendimento médico após perceber a ausência de menstruação.

Sem fala ou qualquer forma de comunicação, a jovem dependia integralmente da mãe para os cuidados diários. O estado de vulnerabilidade era tão intenso que, durante o atendimento na delegacia, a mulher precisou interromper o depoimento para trocar a fralda da filha, informou a titular da DEM de Imperatriz, delegada Lorena Alves.

A descoberta do crime ocorreu quando a mãe decidiu levar a jovem a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Antes da consulta, questionou o companheiro se ele tinha alguma relação com a situação, mas ele negou. O homem, no entanto, demonstrou preocupação com a ida ao hospital e sugeriu que a falta de menstruação poderia estar relacionada a anemia.

Durante a avaliação médica, foi constatada a gravidez da vítima, já em estágio avançado, com cerca de 20 semanas. O caso foi encaminhado para o Hospital Materno Infantil e denunciado à DEM de Imperatriz. Como a jovem não mantinha contato social e não recebia visitas, de acordo com a mãe, a investigação descarta a possibilidade de outros envolvidos no crime.

A Polícia Civil solicitou a prisão do suspeito, mas a Justiça inicialmente indeferiu o pedido, determinando apenas seu afastamento do lar. O homem, no entanto, descumpriu a decisão e foi preso. Após audiência de custódia, acabou solto. Uma nova representação foi feita, a prisão preventiva foi decretada, e ele acabou capturado enquanto trabalhava em um serviço de recapeamento de ruas.

O inquérito conta com laudos periciais após exames na vítima que confirmam conjunção carnal. A investigação ainda aguarda o resultado de exames complementares, como o de coleta do DNA do feto para que seja comparado com o do suspeito e anexado ao processo criminal.

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