Publicidade
Carregando anúncio...

Ex-PM preso ostentava luxo enquanto treinava traficantes

Acusado é visto em vídeo circulando com uma McLaren GTS 2020, capaz de atingir 300 km/h.

Fonte: Com informações do RJ2 e g1 Rio

Ronny Pessanha é investigado por lavagem de dinheiro (Foto: Reprodução)

Ronny Pessanha de Oliveira, ex-policial militar preso por suspeita de treinar membros do Comando Vermelho, exibia uma vida de luxo nas redes sociais. Investigado por envolvimento com o tráfico e a milícia, ele aparecia em vídeos dirigindo um carro avaliado em R$ 3 milhões e promovendo eventos extravagantes, como uma queima de fogos para o chá revelação do filho.

Em um vídeo que circula nas redes sociais , Ronny é visto circulando com uma McLaren GTS 2020, capaz de atingir 300 km/h. Segundo as autoridades, o veículo foi repassado e agora estaria em São Paulo. O ex-PM movimentou pelo menos R$ 3 milhões em menos de um ano, com transações que chegaram a R$ 500 mil em apenas dois meses.

Expulso da Polícia Militar em setembro de 2023, Ronny passou por batalhões estratégicos como o 9º BPM (Rocha Miranda), o Bope e o 41º BPM (Irajá). Antes de se associar ao Comando Vermelho, ele já havia sido denunciado por envolvimento com a milícia nas regiões de Rio das Pedras, Muzema e Itanhangá, onde controlava imóveis e extorquia moradores e comerciantes.

Diante da perda de territórios para o tráfico, Ronny teria migrado para a facção criminosa para manter seus negócios ilegais. Como contrapartida, ofereceu treinamento tático aos traficantes, repassando técnicas militares usadas tanto contra grupos rivais quanto contra a polícia.

De acordo com o delegado Jefferson Ferreira, da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Ronny usava a força para expandir seu domínio. “Ele chegava armado, expulsava moradores e tomava posse dos imóveis”, relatou. Há suspeitas de que ele tenha participado de homicídios ligados à disputa por condomínios na Muzema.

A atuação do ex-PM teria influenciado diretamente a resistência armada do tráfico em operações recentes. Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, em uma ação na Penha no fim de fevereiro, Ronny chegou a se vangloriar da dificuldade da polícia em romper as barreiras montadas pelos criminosos.

O RJ2 tentou contato com a defesa de Ronny e sua mãe, Elaine Pessanha, mas não obteve resposta.

Fechar